Na última semana de julho a Casa de Dona Yayá, sede do Centro de Preservação Cultural (CPC) da USP, promove a oficina intensiva Vai-Vai fica: possibilidades para a quadra do Vai-Vai no Bixiga. A iniciativa, em parceria com a escola de samba Vai-Vai e o coletivo Malungo, pretende reunir pessoas interessadas em pensar de forma colaborativa possibilidades, estudos e projetos para a ocupação de espaços do bairro pelo Vai-Vai.
A Escola de Samba Va-Vai teve sua sede desapropriada em 2020 com a construção da linha 6 do metrô de São Paulo, dando lugar à estação 14 Bis-Saracura, no bairro da Bela Vista, conhecido como Bixiga, na região central da capital. A proposta para a nova sede é a ocupação do edifício tombado do antigo Teatro Zaccaro e a Fábrica Eln, localizados na rua Rui Barbosa.
O Cordão Carnavalesco Vai-Vai nasceu na década de 1920, organizado a partir das ruas e casas do Bixiga. Nos anos 1970, já como Grêmio Recreativo Cultural e Social Escola de Samba Vai-Vai, ocupou a área entre as ruas São Vicente, Lourenço Granato e Cardeal Leme, em frente à Praça 14 Bis. Essa rgião que corresponde a uma porção relevante do Quilombo Saracura, estabelecido no século XIX às margens do rio que leva o mesmo nome.
Durante 90 anos a sede do Vai-Vai foi um local de convivência, práticas culturais, educativas e assistenciais. Desde o despejo, a Escola ensaia em quadras cedidas e dentro e fora do Bixiga, e busca pela negociação de uma saída para sua permanência no bairro.
29 de julho (segunda-feira)
Apresentação da oficina, discussão e levantamento in loco
30 de julho ( terça-feira)
Conversa sobre intervenção em bens culturais e produção de bases
31 de julho (quarta-feira)
Conversa com o coletivo Saracura Vai-Vai sobre o Bixiga como território negro e ateliê de projeto
1º de agosto (quinta-feira)
Ateliê de projeto
2 de agosto (sexta-feira)
Ateliê de projeto e apresentação e discussão finais
Serviço
Inscrições | até 17 de julho (quarta-feira) por meio de formulário eletrônico.
* Com edição de Fabio Rubira
