Shakira, Bono, rainha Elizabeth 2ª, Apple, Facebook e Twitter estão entre os citados nos mais de 13 milhões de documentos da série jornalística chamada Paradise Papers. Esse é o segundo maior vazamento de informações da história, só perde para o Panamá Papers, que aconteceu em 2016.

Os arquivos detalham as transações de mais de 120 mil pessoas, com paraísos fiscais pelo mundo, entre 1950 e 2016. São mais de 25 mil offshores no exterior; dessas, 18 mil estão localizadas nas Bermudas e Ilhas Cayman.
Na lista, estão 617 nomes brasileiros, entre eles o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o ministro da agricultura, Blairo Maggi, e Jorge Paulo Lehmann, sócio da AB InBev e um dos homens mais ricos do mundo.
A professora Luciana Romano Morilas, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (Fearp) da USP, esclarece o que é paraíso fiscal, offshores e trust. Além disso, explica que offshores não são ilegais, mas podem ser usadas dessa forma. “A lei não é necessariamente justa nem moral. A gente tem que modificar se quiser que esse tipo de coisa seja punida”, analisa.