O professor do Departamento de Cardiopneumologia da Faculdade de Medicina e pró-reitor de Pesquisa da USP, José Eduardo Krieger, fala do desenvolvimento e das dificuldades na pesquisa com células-tronco para o tratamento de doenças cardíacas.
O especialista enfatiza que hoje, diferente do início dos anos 2000, a medicina conhece melhor as limitações do uso de células-tronco adultas para a recuperação de células de corações que sofreram infarto. O que se pode alcançar, por enquanto, é uma melhora no funcionamento do órgão, porém não há indício de recuperação de células perdidas, explica Krieger.

Atualmente, além da possibilidade de transplante, existem equipamentos que mimetizam as funções do miocárdio, conta o professor, referindo-se ao que pode ser feito em relação a infartos graves. O professor Krieger avalia ainda que a medicina precisa mudar sua abordagem, tornando-se mais preditiva e antecipativa. É para esse caminho que os estudos genéticos têm se voltado, fala o médico. Um dia, os tratamentos serão individualizados e a probabilidade de desenvolvimento de certas patologias poderá ser obtida a partir dos genes de cada paciente, prevê o especialista.
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