Recém-aprovada no Senado, a reforma trabalhista beneficia os interesses de empresários e de trabalhadores com nível universitário e prejudica trabalhadores de baixa qualificação.
Segundo o doutor em direito do trabalho e seguridade social pela Faculdade de Direito (FD) da USP, Ivandick Cruzelles, na CLT predominava o princípio da autonomia da vontade coletiva, com os sindicatos possuindo a exclusividade de negociação com os empregadores. Agora, a autonomia passa a ser individual privada e o poder de negociação passa para o trabalhador diretamente com o empregador.

Além disso, ele explica que o discurso empresarial do alto custo para contratação perde validade, uma vez que algumas verbas como o bônus, por exemplo, deixam de ser consideradas como salariais. Isso retira a incidência de FGTS e contribuições previdenciárias sobre tais verbas.
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