Queda de matrículas no ensino básico no Brasil pode não ser ruim

Levantamento do INEP diz que houve 1,3 milhão de matrículas a menos no ano passado. Especialista aponta razões

 11/02/2019 - Publicado há 6 anos     Atualizado: 18/04/2019 às 11:51
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A educação básica, que engloba os ensinos infantil, fundamental, médio e a Educação de Jovens e Adultos (EJA), registrou queda de 1,3 milhão de matrículas no ano passado em todo o Brasil.

Os dados são do Censo Escolar 2018 do INEP, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. O levantamento traz um panorama do cenário educacional brasileiro e é realizado todos os anos.

O professor Reynaldo Fernandes, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP) da USP,

Foto: Divulgação / Prefeitura Municipal de Itapevi

especialista em educação, foi presidente do INEP entre 2005 e 2009 e diz que essa redução no número de matrículas pode não ser uma notícia ruim.

Ele diz que a redução pode estar relacionada a diversos fatores. Um deles pode ser o demográfico, por exemplo, com a redução do número de nascimentos no País e a consequente queda na demanda por escola.

O professor entende que os indicadores, como o Censo Escolar do INEP, são importantes para os diagnósticos. Para ele, o Brasil tem bons levantamentos sobre a educação, mas faltam boas políticas. “Essa falta de políticas públicas adequadas para a educação é o que leva o país a ficar entre os piores do mundo em rankings como os do PISA, sigla em inglês para Programa Internacional de Avaliação de Estudantes.”

Para o professor, isso acontece porque a educação, até pouco tempo atrás, foi tratada com descaso. “Até os anos 90, as análises de desenvolvimento econômico não levavam em conta a importância da educação.”

Ouça a entrevista no link acima.


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