Em debate na Rádio USP, professor anuncia TV esférica

“Diálogos na USP” fala das inovações tecnológicas às mudanças de linguagem na televisão

 07/07/2017 - Publicado há 7 anos
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Desenvolvimento de um aparelho de televisão esférico é projeto de alunos da Escola Politécnica, junto ao professor Marcelo Zuffo – Fotomontagem sobre imagem de Youtube

Qual é o futuro da televisão? Com o avanço da tecnologia comunicacional no Brasil, a forma de exibição do conteúdo televisivo vem mudando constantemente. A antiga transmissão unilateral, sem muitas alternativas e com baixa resolução, abre espaço para uma variedade de tamanho e definição antes nunca vista. A metamorfose televisiva, presente cada vez mais em nosso cotidiano, foi pauta para o debate entre os professores Almir Almas, do Departamento de Cinema, Rádio e Televisão da Escola de Comunicações e Artes (ECA), e Marcelo Zuffo, do Departamento de Engenharia de Sistemas Eletrônicos da Escola Politécnica (Poli) da Universidade durante o programa Diálogos na USP – Os temas da Atualidade.

Segundo o professor Almir Almas, antes de se iniciar uma conversa sobre o tema é importante ressaltar que televisão é linguagem, e não um mero aparelho eletrônico. Desta maneira, a discussão sobre atinge duas linhas de reflexão que passam pelos avanços tecnológicos e pela evolução das narrativas — muitas vezes, tais vertentes caminham em descompasso.

Programa Diálogos na USP com os professores Marcelo Zuffo e Almir Almas – Foto: Cecília Bastos/USP Imagens

Todo avanço técnico e informativo colabora para uma experiência extremamente imersiva, nunca antes experimentada na história da televisão. Nos dias de hoje, é possível interagir com o conteúdo e sentir-se cada vez mais presente na programação. Para o professor Zuffo, a realidade virtual é a o futuro televisivo neste aspecto.

Antes sem muitas opções, hoje o telespectador tem a possibilidade de escolher entre centenas de emissoras a cabo, serviços de streaming e até mesmo o recebimento de conteúdo audiovisual pelas redes sociais e sites específicos. Além da multiplicidade temática, os televisores estão atingindo melhores definições, com uma quantidade de pixels maior e uma gama de colorações muito semelhante ao máximo que o olho humano é capaz de interpretar.

Durante o programa, debateu-se sobre a mudança do sinal analógico para o digital no Brasil, onde os televisores deixam de ser um mero emissor de conteúdo audiovisual e começam a trabalhar com dados, exercendo uma interação passiva com o telespectador.

Para finalizar, comentou-se também sobre o projeto de alunos da Escola Politécnica, junto ao professor Marcelo Zuffo, no desenvolvimento de um aparelho de televisão esférico — de forma antes nunca desenvolvida, o televisor permite que até quatro pessoas assistam ao mesmo programa sentadas em seu entorno. A tecnologia será apresentada no fim do mês, nos Estados Unidos.


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