Paraty e Ilha Grande foram reconhecidas, no dia 5 de julho, como patrimônios mundiais pela Unesco. As regiões atraem turistas em razão de suas culturas locais e paisagens exuberantes, que misturam praia e vegetação. Clarissa Maria Gagliardi, professora da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, comenta sobre a titulação. Para a pesquisadora, ainda é cedo para dizer se o número de visitantes aumentará e, em relação ao meio ambiente, a manutenção dependerá principalmente de políticas públicas. Por outro lado, a notícia não deixa de dar certa projeção para a região carioca.
A pesquisadora, ao falar das áreas de preservação, compara medidas tomadas em outras regiões também reconhecidas, como Fernando de Noronha. Na ilha foi feito um estudo de capacidade de carga, assim o poder público da região consegue manter um controle de acesso e também cobrar taxas que auxiliam na manutenção das praias locais. Em Paraty, tal estudo não foi realizado, mas pode ser uma solução, caso bem estruturado, porém com mais dificuldades em razão das diferenças geográficas de ambas as regiões.
Machu Picchu, no Peru, também é reconhecida pela Unesco como patrimônio cultural, mas, por ser um sítio arqueológico, não se constitui como cultura viva. Enquanto isso, Paraty mostra uma interação entre natureza e comunidades locais, como os caiçaras e os indígenas. Além disso, a região de Paraty possui área, aproximadamente, três vezes maior que a das antigas civilizações incas.
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