
O economista Gilson Schwartz aponta que a tendência mundial é de manter juros negativos, ou seja, quem empresta dinheiro ao governo recebe menos do que dispendeu. Ele afirma que a insegurança é tamanha que os investidores preferem “guardar” seu dinheiro com os governos do que aplicá-lo no mercado financeiro. O Banco Central do Brasil, no entanto, decidiu conservar as altas taxas de juros.
Schwartz explica que a elevação da taxa de juros pretende justamente causar a recessão para segurar a inflação. A medida se deve também ao ceticismo quanto à aplicação do ajuste fiscal, já que há uma percepção generalizada de que a arrecadação não deve aumentar tão cedo e as reformas política, previdenciária, fiscal e tributária não devem ser aprovadas em breve. Além disso, o próprio governo assumiu que o corte de gastos está próximo de seu limite.
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