Com a aprovação do novo marco do saneamento básico, a economia deve ser movimentada com a modernização do setor. A meta é gerar por volta de 700 mil empregos no País nos próximos 14 anos, de acordo com o Ministério da Economia. O professor Rudinei Toneto, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP) da USP, explica que o aumento dos investimentos na área pode gerar efeitos diretos e indiretos.
“A estimativa é que haja dois tipos de impacto. Com o aumento das extensões de rede de água e esgoto, isso gerará empregos diretos, relacionados à manutenção, atendimento e administração do projeto. Além disso, a elevação dos investimentos na área também gerará empregos durante o processo, com a necessidade de profissionais da construção civil, da indústria de materiais de construção, projetistas, engenheiros, entre outros”, explica Toneto. Ele acredita que o crescimento do número de empregados também gerará o “efeito multiplicador”, gerando a criação de empregos adicionais, relacionados às necessidades daqueles que trabalharão diretamente na operação dos novos serviços.
A participação do setor privado, prevista pelo novo marco, também contribuirá com uma maior capacidade de gestão dos recursos, assim como maior segurança regulatória, fornecendo maior garantia ao investidor, por consequência, movimentando a economia. Entretanto, o professor ressalta alguns desafios na implementação dessas modernizações, incluindo a quantidade de recursos financeiros necessários, o detalhamento do projeto e os problemas atuais do serviço, e também a necessidade de qualificação de pessoal técnico.
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