O programa Saúde sem Complicações desta edição aborda o tema prematuridade com Walusa Assad Gonçalves Ferri, professora no Departamento de Puericultura e Pediatria da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP). O trabalho da professora tem ênfase em saúde materno-infantil; experiência clínica e didática com transporte, reanimação e ventilação neonatal; e pesquisa nas áreas de neonatologia, ventilação mecânica neonatal e doenças pulmonares neonatais.
Segundo Walusa, um bebê é considerado prematuro quando nasce antes do término esperado da gestação humana. São vários os fatores que podem levar à prematuridade, mas a professora destaca que no Brasil, onde uma em cada dez crianças nasce prematura, os principais motivos são a hipertensão materna gestacional e a infecção de trato urinário. “Um pré-natal bem feito pode ser capaz de detectar os riscos, e o obstetra responsável pode adotar medidas para intervir e evitar o parto precoce”, enfatiza.
Walusa afirma, ainda, que a neonatologia evoluiu muito, e o índice de sobrevida dos bebês aumentou consideravelmente, se comparado há 30 anos. No entanto, independente da idade, o bebê que fica na UTI neonatal tem chances de desenvolver distúrbios psicológicos no futuro pelo fato de a gestação ter sido interrompida antes do tempo considerado ideal para o desenvolvimento.
“É um jeito de começar a vida diferente, só isso, a gente tenta evitar que a prematuridade vire foco”, afirma a professora, que considera a participação da mãe fundamental para o desfecho positivo do prematuro. Ela ainda alerta que o cuidado com o emocional da mãe e o apoio durante todo o processo também são imprescindíveis.
Ouça no link acima a íntegra do programa Saúde sem complicações.