O império de Carlos Magno, que teve início no ano 800 e se estendeu até sua morte, em 28 de janeiro de 814, representou um grande impulso para o livro e a leitura, disse a professora Marisa Midori em sua coluna “Bibliomania”, que foi ao ar no dia 30 de junho pela Rádio USP FM (93,7 MHz).
Segundo Marisa, a reforma promovida pelo império carolíngio na área da educação e da leitura teve quatro princípios.
O primeiro deles se refere à generalização da regra beneditina e à renovação do ensino pelas escolas catedráticas e monásticas. Marisa lembrou que, na regra de São Bento de Núrsia (480-547) – fundador da Ordem dos Beneditinos -, a leitura tem um papel muito importante.
O segundo princípio é a produção de textos, entre eles cópias da Bíblia, livros sobre teologia e alguns tratados da Antiguidade clássica.
A implementação de uma nova escrita, depois chamada de Carolina, é o terceiro princípio da reforma carolíngia. Essa escrita utiliza letras minúsculas e inaugura a separação entre as palavras, características que facilitam a leitura silenciosa e a produção de uma literatura mais autônoma e individualizada, segundo Marisa.
Finalmente, o quarto princípio diz respeito ao desenvolvimento de bibliotecas em todo o território carolíngio. “O império de Carlos Magno constitui um capítulo importantíssimo na história das bibliotecas ocidentais”, acrescentou Marisa.
Ouça no link acima a íntegra da coluna da professora Marisa Midori.