O Brasil é o segundo país em número de casos de hanseníase, antes chamada de lepra.
Anualmente, são descobertas de 25 a 28 mil novas infecções. Segundo a coordenadora geral de Hanseníase e Doenças em Eliminação do Ministério da Saúde, Carmelita Ribeiro, a doença ainda é endêmica no País e falta preocupação com o diagnóstico precoce.
A enfermidade infectocontagiosa se manifesta pelo aparecimento de manchas na pele, provocando perda total ou grande insensibilidade na região, o que pode levar à incapacidade física.
Muitos dos casos têm diagnóstico tardio e a transmissão é feita principalmente entre a família, que, pelo contato direto e constante, acaba por receber os bacilos causadores da doença em grande quantidade até o seu desenvolvimento.
A doença é curável e tem tratamento gratuito pelo SUS. Aos casos mais brandos, de diagnóstico precoce, são ministradas, durante seis meses, duas drogas que matam os bacilos. Para os casos de maior gravidade, o tratamento é de 12 meses, com três drogas. Após esse estágio, o paciente passa a receber mensalmente uma cartela de medicamento durante seis meses e, ao final desse período, recebe alta pela cura.
A especialista enfatiza a necessidade de buscar unidades de saúde assim que se identificar as manchas na pele, para evitar um diagnóstico tardio, transmissão para outros familiares e as consequências da perda da sensibilidade.
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