No último sábado, a pequena cidade de Charlottesville, nos Estados Unidos, foi palco de uma assombrosa manifestação de ódio. Grupos que pregam a supremacia branca e se inspiram no nazismo saíram às ruas com suas tochas. Apenas dois dias depois das passeatas, o presidente Donald Trump se pronunciou oficialmente contra os atos.
O líder do país norte-americano não está comprometido na luta contra esse tipo de manifestação, avalia o professor Robert Sean Purdy, do Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP. Inclusive, destaca o especialista, assessores de Trump, como seu braço direito Steve Bannon, são simpáticos a ideias neonazistas.
O professor acredita que o recrudescimento de discursos anti-imigrantes e racistas promovidos pela campanha eleitoral e as medidas tomadas pelo governo Trump dão a grupos radicais a confiança para manifestar ideias extremistas. E Purdy enfatiza que quem pode parar esses grupos são os coletivos de direitos humanos e mobilizações sociais, não o presidente.
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