Ondas gravitacionais são ondulações de natureza não eletromagnética (diferente do calor e da luz, por exemplo) emitidas em eventos de grande energia, como o impacto de dois buracos negros. A observação pela primeira vez desse tipo de onda rendeu um Nobel de Física aos cientistas envolvidos este ano – já que a descoberta confirma previsões de Einstein de um século atrás e inaugura uma área de estudos inteiramente nova na astronomia.
Em agosto, mais uma vez os observatórios Ligo e Virgo detectaram ondas gravitacionais. Desta vez, porém, foi a colisão de duas estrelas de nêutrons, e não de buracos negros, que proporcionou uma emissão de energia grande o suficiente para ser identificada.
Como resultado desse tipo de colisão, é formado um objeto chamado kilonova que, devido ao seu decaimento radioativo, acaba formando novos elementos químicos – entre eles o ouro que encontramos aqui na Terra. Para a astronomia brasileira, a melhor notícia é que, enquanto a kilonova ainda brilhava, foi um telescópio nacional, localizado no Chile, o T80-Sul, que conseguiu fotografar este evento extraordinário.
Conheça mais dessa história ouvindo a coluna “Entender Estrelas” desta semana, com o professor João Steiner, no áudio acima.