A tireoidite crônica, também conhecida como síndrome de Hashimoto, é uma doença causada por uma reação do sistema imunológico à glândula da tireoide. É quando o organismo produz anticorpos que atacam a tireoide. Com isso, pode ocorrer uma diminuição da função da glândula, o chamado hipotireoidismo, muitas vezes acompanhado de aumento de peso, cansaço, unhas quebradiças e pele ressecada.

Não existem dados da incidência da doença no Brasil, mas a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia informa que 10% da população adulta brasileira tem nódulos na tireoide, 90% dos quais, benignos. Nesse universo, as mulheres têm três vezes mais nódulos que os homens.
Os primeiros sintomas são dificuldade para se concentrar e fadiga, podendo até gerar problemas emocionais como ansiedade e depressão. O nome da doença é uma homenagem ao médico japonês Hakaru Hashimoto, que a descreveu pela primeira vez em 1912.
A síndrome pode se manifestar em qualquer momento da vida, mas aparece com maior frequência em mulheres na meia-idade. O diagnóstico pode levar meses ou até anos. Não há cura, mas pode ser controlada com o uso de medicamentos.
A médica Soraya Lopes Sader, do Departamento de Puericultura e Pediatria da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, diz que não há prevenção para a síndrome. Segundo ela, algumas medicações podem predispor a uma tireoidite, mas, se essa medicação não puder deixar de ser usada, acaba controlando o hipotireoidismo decorrente da tireoidite de Hashimoto.
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Por Júlia Gracioli