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Com o objetivo de questionar, servir à sociedade e se diferenciar das outras grandes emissora da época, o professor aposentado da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP Mário Fannuchi criou, na década de 1970, o estudo Uma Proposta de Rádio Alternativo, que se tornaria a base para uma nova fase da Rádio USP.
Décadas depois da sua proposta se tornar realidade, Fannuchi retorna aos estúdios da rádio para discutir, no Diálogos na USP, a importância das rádios universitárias. O programa também conta com a participação de Luciano Maluly, professor de jornalismo da ECA, e com a mediação de Marcello Rollemberg.
“(A Rádio USP) não tem compromisso com ninguém, a não ser com o desenvolvimento do saber, da informação, da ciência”, afirma Fannuchi, que aproveitou o fato de a rádio ser pública para implementar uma programação alternativa, sem ter que se preocupar com interesses comerciais.
Para o professor, a reinvenção era um elemento importante para a rádio, e foi fomentada não só pelos funcionários, mas também pela participação de estudantes do curso de Jornalismo, que encaravam a emissora como uma oportunidade para pôr em prática o que aprendiam na graduação.
“Hoje os alunos têm um programa que vai fazer dez anos em 2018, o Universidade 93,7, e eles produzem com muita liberdade”, diz Maluly, que deu continuidade à proposta de Fannuchi em aproximar os estudantes da rádio. “E não só isso. Hoje, a Rádio USP é um espaço não só de ensino, mas também de cultura e de pesquisa.” A professora Daniela Cristiane Ota, da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), por exemplo, fez sua própria proposta de rádio universitária baseada na Rádio USP. Atualmente, a UFMS já conta com sua própria emissora, a Educativa UFMS 99,9
Essa e outras contribuições da Rádio USP você confere, na íntegra, nos áudios acima.