Desigualdades existentes no ensino público são escancaradas com pandemia

A professora Adriana Bauer comenta as diretrizes divulgadas pelo Conselho Nacional de Educação diante da realidade causada pela pandemia de coronavírus

 13/01/2021 - Publicado há 4 anos     Atualizado: 26/06/2024 às 11:57
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A pandemia do coronavírus afetou a educação de diversas formas, deixando em dúvida seu funcionamento neste ano – Foto: Victoria Gomes Teixeira

 

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A pandemia do coronavírus afetou a educação de diversas formas, deixando em dúvida seu funcionamento no ano de 2021. Pensando nisso, o Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou e divulgou diretrizes para todas as redes do País, desde a educação básica ao ensino superior.

Com os diversos contextos educacionais encontrados pelo Brasil, seja em cada Estado ou município, a premissa que deve ser mais considerada na aplicação dessas orientações do CNE é a comunidade e suas necessidades. “Todo documento é pautado pelo princípio de que os Estados e os municípios devem estar fazendo as adequações necessárias, de acordo com as necessidades da sua comunidade, conversando com sua comunidade escolar e atendendo normatizações sanitárias locais”, comenta Adriana Bauer, professora do Departamento de Metodologia do Ensino e Educação Comparada (EDM) da Faculdade de Educação da USP.

Diretrizes curriculares de educação na pandemia

Considerando essa conjuntura, os Estados e cidades poderão decidir por juntar anos que tenham objetivos de aprendizagem e desenvolvimento próprios e fazer atividades síncronas e assíncronas presenciais, com cada rede de ensino adequando a situação com sua realidade e número de estudantes. Adriana explica que todas as possibilidades que o parecer possibilita vão depender do que está sendo feito em cada rede.

A professora considera que a pandemia e as suspensões das aulas, em um primeiro momento, apenas escancararam as desigualdades já existentes no ensino público, principalmente, o tecnológico. No intuito de trabalhar com essas desigualdades, “o gestor público deve conversar com as comunidades escolares, tentar saber quem está tendo acesso ao recurso tecnológico, quem está tendo acesso apenas aos materiais, e pensar em estratégias para minimizar essas desigualdades”, diz Adriana.

 


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