As imunodeficiências são um grupo de doenças em que o paciente possui alguma falha no sistema imunológico. Essa falha facilita o aparecimento de algumas doenças, em especial infecções, mas pode haver outros sintomas, como doenças autoimunes e diarreias, entre outras complicações. A doutora Cristina Maria Kokron, do Departamento Científico de Imunodeficiências da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), médica assistente do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina (FM) da USP e coordenadora do Ambulatório de Imunodeficiências Primárias do HC, explicou os tipos de imunodeficiência.
Ela esclarece que existem duas formas de imunodeficiências: as primárias, que surgem na infância e são mais graves, e as secundárias, que ocorrem durante a vida e são temporárias. Os quadros mais graves de imunodeficiência primária são chamados de deficiência combinada grave. Nossa resposta imunológica depende dos glóbulos brancos e dos linfócitos. As crianças que nascem com uma quantidade de linfócitos muito reduzida possuem esse problema, que se manifesta logo no início da vida. O tratamento se dá através do transplante de medula óssea.
Os quadros que se apresentam na vida adulta são de comprometimento da produção de anticorpos. Com a reposição dos anticorpos, o paciente consegue ter uma vida bem próxima ao normal. Em casos específicos, como tratamentos quimioterápicos, a doutora ressalta que a queda na imunidade é temporária e a resposta imunológica do paciente retornará ao normal com o fim da medicação. Pessoas com alergias respiratórias tendem a ter queda na imunidade e precisam fazer o tratamento adequado para diminuir as chances de infecções.
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