Moradores do Conjunto Residencial da USP, o Crusp, relatam dificuldades neste momento de pandemia. Alguns dos problemas são de necessidade básica, como alimentação e higiene. Além disso, como algumas aulas da USP estão sendo ministradas on-line, os estudantes que moram no complexo necessitam de acesso à internet para continuar com a rotina de estudos.
Para conversar sobre as medidas que estão sendo tomadas para atender a essas demandas, o Jornal da USP no Ar conversou com Gerson Tomanari, dirigente da Superintendência de Assistência Social (SAS) da USP. Com a nova realidade, problemas antigos voltam com mais destaque, como é o caso do acesso à internet, que, segundo Tomanari, já está no planejamento desde antes de assumir o cargo: “Agora nós temos uma pandemia que exige que esses problemas, que estavam sendo equacionados a longo prazo, tenham soluções imediatas, como o caso da internet. Já se vem trabalhando alternativas para instalar internet no complexo, mas a grande dificuldade é fornecer a tecnologia nos dormitórios.”
A solução imediata tomada pela SAS foi a abertura de pelo menos uma sala com internet em cada bloco para uso dos moradores. A sala é um apartamento aberto e pode comportar até quatro pessoas simultaneamente, além das salas Pró-Aluno que já eram utilizadas. Sabendo que isso é insuficiente, a SAS está em contato com todos os institutos da USP para verificar a disponibilização de salas com internet. Segundo Tomanari, há um projeto de instalação de internet no complexo passando por avaliação. Após aprovado, deve seguir para a elaboração do edital de licenciamento.
Com a redução do corpo de funcionários e fechamento dos Restaurantes Universitários para conter a propagação do vírus, a alternativa é o fornecimento de marmita para os moradores. Com essa medida, é necessário que cuidados sejam tomados, como não armazenar a comida para consumo posterior e não compartilhar a refeição. Alunos que não residem no complexo também podem receber, desde que apresentem justificativa para a SAS. Tomanari compartilha que o fornecimento de marmita é por tempo indeterminado: “Temos que nos adaptar às circunstâncias e no momento não há impeditivo para a realização das entregas. Se algo acontecer que impeça que a comida seja entregue, encontraremos outras alternativas.”
Quanto aos cuidados de higiene no Conjunto Residencial, é preciso levar em conta o histórico do prédio, a estrutura precária e antiga e a constante necessidade de manutenção e limpeza. Segundo o dirigente, a SAS está atuando na entrega de kits de produtos de higiene para que os próprios moradores possam realizar a limpeza de seus dormitórios e espaços comuns, visto que o corte de pessoal também afetou a zeladoria dos prédios. Os kits contendo água sanitária, sabão e saco de lixo foram entregues esta semana a todos os apartamentos.
O superintendente enfatiza que, neste momento de prevenção, é preciso que a comunidade USP tome as devidas precauções para conter a propagação do vírus, evitando aglomerações no Conjunto Residencial e realizando a limpeza de seus ambientes internos. Ele conta que recebeu queixas de moradores sobre a realização de festas na cozinha comunitária, o que está proibido. Diz ainda que está sendo dado um suporte do núcleo de saúde da SAS para orientações e encaminhamentos relacionados à saúde física e mental para os moradores. Por fim, Tomanari garante que a SAS está aberta ao diálogo e a sugestões.
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