A eleição de Monalysa Alcântara, do Piauí, como Miss Brasil 2017, é mote para a coluna do professor Ricardo Alexino Ferreira da Escola de Comunicações e Artes da USP.
“Não considero que ter misses negras no Brasil ou no mundo represente avanços”, diz Alexino. “Mesmo sendo negras, essas mulheres estão dentro de um padrão preestabelecido de magreza, altura e formatos. Está na hora dos grupos das diversidades e dos movimentos negros romperem com esses modelos”, sugere o professor. “Falar em padrão de beleza quando se pensa em diversidades é de grande contradição. Espero que algum dia esses concursos desapareçam da face da Terra, pois serão sempre tributos à exclusão.”