As previsões para a vida na Terra são alarmantes: estima-se que 50% da biodiversidade seja perdida até o final do século 21. Ou seja, uma extinção em massa de espécies está a caminho e, para evitá-la, cientistas e ativistas pelo meio ambiente têm trabalhado duro.
Pelo lado da ciência, um dos projetos mais ambiciosos é a criação de um biogenoma da Terra, quer dizer, um inventário da vida conhecida no planeta. Um consórcio internacional pretende sequenciar, catalogar e caracterizar o genoma de todas as espécies eucarióticas ao longo de dez anos.
“O projeto ainda está no papel, mas apesar do alto custo, tudo indica que valerá a pena”, afirma a geneticista Mayana Zatz nesta edição de Decodificando o DNA. Um exemplo foi, em Long Island (EUA), a análise de 3.095 variantes do DNA no genoma do tigre-salamandra, espécie ameaçada. O estudo mostrou que as estradas estavam restringindo a movimentação dos animais em locais de reprodução e que a população de animais estava sendo geneticamente fragmentada.
Clique no áudio acima para saber mais com a professora do Centro de Pesquisas sobre o Genoma Humano e Células-tronco (CEGH-CEL) da USP.