Atividade física, treino cognitivo e dieta podem prevenir o declínio cognitivo

Para Ricardo Nitrini, “todos nós temos que nos prevenir para que não venhamos a ter um declínio cognitivo maior do que aquele natural do envelhecimento”

 16/05/2022 - Publicado há 2 anos
A atividade física “produz, de algum modo, fatores de crescimento neural, fatores que aumentam a eficiência das conexões entre os neurônios” – Foto: Marcos Santos
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Ricardo Nitrini – Foto: FM/USP

Com o objetivo de prevenir o declínio cognitivo, a divisão de Neurologia do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina (FM) da  USP convida homens e mulheres, de 60 a 77 anos de idade, para participarem de estudo que irá avaliar os efeitos da dieta alimentar, dos exercícios físicos e do treinamento cognitivo na melhora do desempenho neuropsicológico.

Em entrevista ao Jornal da USP do Ar 1ª Edição, o professor Ricardo Nitrini, do Departamento de Neurologia da FMUSP, ressalta que “todos nós temos que nos prevenir para que não venhamos a ter um declínio cognitivo maior do que aquele natural do envelhecimento”.

Para o estudo do HC, o Nitrini explica que os indivíduos são estimulados a fazer um conjunto de atividades de prevenção. “Vamos acompanhá-los e verificar o que vai ocorrer ao longo do tempo: se eles vão se comportar melhor do que se não tivessem essa instrução”.

Atividades de prevenção

A atividade física, além de reduzir o risco de hipertensão arterial e problemas cardíacos, segundo o professor, “produz, de algum modo, fatores de crescimento neural, fatores que aumentam a eficiência das conexões entre os neurônios”. A dieta pode contribuir também para a melhora cognitiva com  uma alimentação rica em cereais e com menor consumo de proteína animal.

Já o treino cognitivo é importante para se manter ativo intelectualmente. “Um treino voltado para as dificuldades que acontecem no envelhecimento, dificuldade de memória e dificuldade de organização”, explica. Assim sendo, o treino faz com que o indivíduo “tenha estratégias para conviver com as pequenas dificuldades que vão ocorrendo no conhecimento”. Além disso, o contato social é essencial, pois o isolamento é muito deletério para a cognição. 

Quem pode participar do estudo e como?

Indivíduos impossibilitados de realizar atividade física, com diabetes alta ou hipertensão não poderão participar dos estudos. Pessoas menos saudáveis, com risco de progressão e que tenham entre 60 e 77 anos podem participar.  Para mais informações, entrar em contato pelo email ceredichcfmusp@gmail.com ou pelo telefone (11) 98672-2281 (falar com Simone).


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