Obras artísticas discutem memória e esquecimento

Instalações de Giselle Beiguelman questionam a relação de São Paulo com seu patrimônio histórico e cultural

 06/05/2019 - Publicado há 6 anos

 

 

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Quem estiver passando pelo centro da cidade tem a oportunidade de descobrir um pouco mais da arte e da história de São Paulo. E refletir sobre a relação da cidade com as esculturas e as obras que integram o espaço público. Giselle Beiguelman – artista e professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP – está apresentando duas novas instalações, Monumento Nenhum, no Beco do Pinto, e Chacina da Luz, no Solar Marquesa de Santos, que sedia o Museu da Cidade de São Paulo.

Beiguelman explica a razão de levar a arte para o coração da cidade (clique no player acima). “Fazer uma intervenção como estas duas instalações está relacionado também à ideia de ocupar e abrir os canais históricos para outras experiências estéticas e cognitivas. Pretendemos mobilizar as pessoas para conhecer a cidade não de dentro dos carros e dos ônibus, mas caminhando e recuperando o seu patrimônio não apenas de forma contemplativa, mas de forma vivida.”

O público pode apreciar as duas instalações gratuitamente. E também tem outra surpresa. “Preparamos para os visitantes um material de apoio. São fichas como cartões-postais, que trazem não só uma documentação visual da mostra, mas reúnem informações sobre a história dessas esculturas.” Essas fichas ficam dentro de gavetas de aço e ao lado há uma placa orientando: “Abram os arquivos”.  O público tem liberdade para abrir, observar, retirar as fichas, colocá-las em um envelope e levar para casa, compartilhando história e arte com os interessados. “Esta é uma mensagem que me parece estratégica nos tempos que estamos vivendo. Não basta só discutir a memória”, reflete Beiguelman. “A questão é a abertura e o acesso aos documentos e à história. Portanto, a chamada “Abram os arquivos” não está ligada só ao contexto da exposição, mas à situação geral do País e às questões que são fundamentais no processo de produção do nosso esquecimento coletivo e social.”

Para mais informações, acesse: www.desvirtual.com

 


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