O primeiro semestre de 2016 foi um dos mais importantes da história moderna brasileira – pelo menos no campo político – por conta da derrubada do governo constitucional. Esta é a análise inicial do professor André Singer em sua coluna desta semana. Ele lembra que, até o momento, trata-se de um afastamento provisório da presidente reeleita em 2014, mas a representatividade do ato é inegável. Singer considera que não existem razões legais para o impedimento, o que configura, segundo ele, um afastamento político. Pela falta de legitimidade jurídica, o professor acredita que se pode chamar o impeachment em curso de golpe parlamentar.
Singer aponta o momento de inflexão instaurado na política nacional, no momento em que o governo interino começa a dar novos rumos para o País. Ele questiona, desta forma, o grau de envolvimento entre o presidente interino, Michel Temer, e o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha. O professor afirma que o segundo semestre ficará marcado pela decisão derradeira sobre o afastamento definitivo de Dilma Rousseff. Até o momento, tudo indica que o Senado confirmará, no final de agosto, a decisão da Câmara.
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