Em sua coluna anterior, o professor José Eli da Veiga, ao tratar da Agenda 2030, lembrava não ser mais possível que as sociedades contemporâneas continuem a ter como seu principal e único objetivo abrangente o PIB (Produto Interno Bruto). Hoje, já se chegou a um consenso segundo o qual uma medida razoável do desempenho de um país teria de ser muito mais uma medida de consumo do que uma medida de produção. Isso enterra o PIB, e tal reflexão crítica já chegou a economistas de renome, ganhadores do Nobel. Eles propõem um indicador baseado no consumo domiciliar, assim como alguma referência à desigualdade de renda existente entre os países.
A verdade, porém, segundo Eli da Veiga, é que não se trata simplesmente de substituir o PIB por uma medida econômica, pois hoje existem inúmeras avaliações de caráter social que vão muito além do desempenho econômico – avaliações subjetivas, como o grau de felicidade de uma nação, por exemplo, já são aceitas.