No último dia 19 de agosto, as relações entre o Brasil e a China completaram 50 anos, reatadas quando o presidente Ernesto Geisel era presidente da República e o governo agia na diplomacia inspirado pela visão pragmática do então chanceler Azeredo da Silveira, que objetivava ampliar as relações do País com o mundo, visando, principalmente, ao fortalecimento das relações econômicas do Brasil com o globo. Ficaram para trás os tempos de reações turbulentas do então regime militar, que resultaram na expulsão de diplomatas chineses que visitavam o Brasil após o golpe de 1964. O último contato oficial entre representantes do Brasil e da China havia ocorrido em 1961, em viagem do então vice-presidente João Goulart àquele país, às vésperas da renúncia do presidente Jânio Quadros, renúncia esta interpretada como tentativa de um malsucedido golpe de Estado por parte do ocupante do Palácio do Planalto.
O jornalista Luiz Roberto Serrano, no programa Desafios desta sexta-feira, às 11h, vai conversar com a pesquisadora Cristina Soreanu Pecequilo, do Instituto de Relações Internacionais da USP, doutora em Ciência Política pela USP, professora livre-docente de Política Internacional da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), professora de Pós-Graduação em Relações Internacionais do Programa San Tiago Dantas Unesp/Unicamp/PUC-SP e do Programa de Pós-Graduação de Economia Política internacional da UFRJ. Bolsista de Produtividade Nível 2 do CNPq, atua como pesquisadora associada do Núcleo Brasileiro de Estratégia e Relações Internacionais (Nerint/UFRGS).