Foto: Municipal Archives of Trondheim via Wikimedia Commons – CC
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Praga, México, Paris, Brasil e EUA. Essas cidades e países têm no ano de 1968 um ponto em comum: todos esses lugares foram palco de manifestações políticas que ecoam até hoje em suas sociedades. O tema do Diálogos na USP de hoje é, nas palavras do jornalista Zuenir Ventura, ”o ano que nunca acabou”.
Rafael Mafei Rabelo Queiroz, professor do Departamento de Filosofia e Teoria Geral do Direito da Faculdade de Direito da USP, conta que efetivamente, em muitos sentidos, o ano de 1968 realmente nunca acabou. Ele coloca que hoje, assim como na época, as autoridades podem escolher entre reprimir ou não as manifestações políticas, e que optar por este último traz um alto custo democrático, principalmente em relação à imagem do governo.
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Dennis de Oliveira, professor e chefe do Departamento de Jornalismo e Editoração da Escola de Comunicação e Artes, concorda que 1968 realmente nunca acabou. Trazendo para o cenário brasileiro, ele conta que ”as estruturas de repressão e autoritarismo estabelecidas na ditadura permanecem, se não institucionalmente, mas sistematicamente”. Para o professor, em muitos casos a democracia ainda não chegou plenamente à periferia.
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O ano de 1968 também marcou o assassinato de Martin Luther King. Para Oliveira, a luta exercida pelo ativista, em torno da desigualdade social, ainda existe. De acordo com ele, o próprio Luther King percebeu, no fim de sua vida, que a luta pelos direitos civis teria que vir juntamente com uma mudança na estrutura econômica. E, para o fim dessa estrutura no Brasil, Dennis coloca que, entre outras coisas, seria necessária uma reformulação na concentração midiática existente.
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Ambos ressaltam a importância da luta da geração que encabeçou todas essas manifestações, assim como o papel da universidade, protagonista nesses movimentos, o que hoje não ocorre mais. Para conferir o programa na íntegra, clique no player acima.
Esta edição do Diálogos na USP teve apresentação de Marcello Rollemberg e trabalhos técnicos de Marcio Ortiz. A produção é do Departamento de Jornalismo da Rádio USP.
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