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Na coluna desta semana, José Eli da Veiga comenta a realização da Cúpula Mundial pelo Futuro para firmar um pacto de todos os países que estão na Organização das Nações Unidas (ONU) em favor do futuro. A cúpula acontece nos dias 22 e 23 de setembro, na sede da ONU. De acordo com o professor, a mídia não tem dado a importância merecida para o evento, mas nesta coluna a questão do futuro é central, “porque sustentabilidade não tem nada a ver com o curto prazo”.

Os documentos disponíveis na internet com informações sobre a cúpula, segundo o professor, são muito frustrantes. Embora sejam versões ainda provisórias, “já se vê o que em princípio será aprovado nesses dias. Dá uma sensação de que nós estamos muito longe de ter uma organização mundial como a ONU, uma cooperação internacional ou diálogos multilaterais que de fato consigam se preocupar ainda mais em fazer um pacto em relação ao futuro”.

Para Eli da Veiga, é fundamental que “qualquer ideia de pacto pelo futuro firmado por 190 e tantas nações teria que ser uma coisa muito enxuta, centrada em alguns objetivos básicos. […] Mas é exatamente o inverso que a gente encontra. Olhando o documento, só para dar uma ideia, são previstas 58 ações. Eu vou pegar só um exemplo: Pessoalmente, acho que uma das questões mais importantes que uma cúpula desse tipo poderia fazer seria acelerar o processo de superação do PIB como medida de crescimento econômico. Vem de longe essa questão. No entanto, o documento fundamental, que provavelmente será aprovado, não passa de uma afirmação de que é preciso complementar e ir além do PIB. Essa ideia de complementar já vem inclusive da agenda 2030, mas é triste ver um documento como esse que, em dois parágrafos, passa como se fosse uma coisa menos importante das tais 58 ações. Enfim, é assim mesmo, muito complicada essa questão da cooperação internacional”.

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