“Pai” da ovelha Dolly morre aos 79 anos

Ian Wilmut revolucionou a ciência ao demonstrar, pela primeira vez, que uma célula de mamífero poderia gerar um clone

 21/09/2023 - Publicado há 7 meses
Por

Logo da Rádio USP

Morreu, no dia 10 de setembro, o embriologista britânico Ian Wilmut. O cientista liderou a pesquisa que resultou na criação da ovelha Dolly, primeiro animal clonado do mundo. A descoberta abriu novos caminhos para os estudos relacionados às células-tronco.

Juntamente com Keith Campbell, do Instituto de Pesquisa em Ciências Animais da Escócia, no Reino Unido, retirou uma célula da glândula mamária de uma ovelha, inseriu em um óvulo sem núcleo e colocou em um útero de uma outra ovelha, barriga de aluguel. Esse óvulo, com a célula da glândula mamária, começou a se comportar como se tivesse sido fertilizado por um espermatozoide e gerou um animal que viveu por seis anos.

“Não foi fácil, foram mais de 200 tentativas até que desse certo, mas os pesquisadores não desistiram e, por isso, o sucesso. Aliás, uma das qualidades essenciais de um cientista é a perseverança, não podemos desistir depois de um fracasso”, relata Mayana Zatz, diretora do Centro de Estudos sobre o Genoma Humano e Células-Tronco (CEGH-CEL) da USP.

Na coluna de hoje (21), a geneticista dá detalhes sobre o estudo que gerou o primeiro animal clonado, fala sobre os desdobramentos da pesquisa e como o CEGH-CEL vem trabalhando com a revolução de Keith Campbell e Ian Wilmut.


Política de uso 
A reprodução de matérias e fotografias é livre mediante a citação do Jornal da USP e do autor. No caso dos arquivos de áudio, deverão constar dos créditos a Rádio USP e, em sendo explicitados, os autores. Para uso de arquivos de vídeo, esses créditos deverão mencionar a TV USP e, caso estejam explicitados, os autores. Fotos devem ser creditadas como USP Imagens e o nome do fotógrafo.