Morreu, no dia 10 de setembro, o embriologista britânico Ian Wilmut. O cientista liderou a pesquisa que resultou na criação da ovelha Dolly, primeiro animal clonado do mundo. A descoberta abriu novos caminhos para os estudos relacionados às células-tronco.
Juntamente com Keith Campbell, do Instituto de Pesquisa em Ciências Animais da Escócia, no Reino Unido, retirou uma célula da glândula mamária de uma ovelha, inseriu em um óvulo sem núcleo e colocou em um útero de uma outra ovelha, barriga de aluguel. Esse óvulo, com a célula da glândula mamária, começou a se comportar como se tivesse sido fertilizado por um espermatozoide e gerou um animal que viveu por seis anos.
“Não foi fácil, foram mais de 200 tentativas até que desse certo, mas os pesquisadores não desistiram e, por isso, o sucesso. Aliás, uma das qualidades essenciais de um cientista é a perseverança, não podemos desistir depois de um fracasso”, relata Mayana Zatz, diretora do Centro de Estudos sobre o Genoma Humano e Células-Tronco (CEGH-CEL) da USP.
Na coluna de hoje (21), a geneticista dá detalhes sobre o estudo que gerou o primeiro animal clonado, fala sobre os desdobramentos da pesquisa e como o CEGH-CEL vem trabalhando com a revolução de Keith Campbell e Ian Wilmut.