
O Grupo de Estudo e Pesquisa em História Oral e Memória (Gephom) da USP disponibiliza uma nova modalidade de transmissão de conhecimento: as “microaulas”. São aulas de três a dez minutos com temas variados, preparadas pelos pesquisadores do grupo que atua na Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP, no campus Leste. Para assistir, basta acessar o Canal do Gephom no Youtube ou a playlist completa neste link.
A websérie já conta com 12 vídeos, que são acompanhados da indicação de bibliografia em cada episódio. Entre os temas da programação, estão: feminismo negro, imigração, migrações e esportes, história oral decolonial, acervos digitais de memória e de história oral, música periférica, teatro periférico, negro e indígena, imprensa negra no Brasil, colonialismo na África, educação não formal, entre outros. O episódio 13 deve ser lançado na próxima semana, intitulado Memória do Teatro Brasileiro nas Aldeias, Quilombos e Quintais. De acordo com a organização dos cursos, uma nova rodada de vídeos com novos temas será anunciada em breve.
“Os vídeos foram preparados com muito cuidado por especialistas pesquisadores da USP, mas que podem ser vistos e entendidos por qualquer pessoa fora da Universidade”, conta a coordenadora do Gephom, Valéria B. Magalhães. Orientadora do Programa de Pós-Graduação em Mudança Social e Participação Política da USP, Valéria inicia a série com uma aula de sete minutos e meio sobre história oral decolonial, diferenciando-a de outras práticas de história oral e indicando suas principais características e autores. “Primeiramente, ela parte de uma perspectiva de desobediência epistêmica”, explica a professora, e completa, “de resistência à imposição dos saberes brancos. Aqueles saberes vindos de países historicamente colonizadores”.
Acompanhe a aula no player abaixo. O episódio inaugura a série de vídeos, que podem ser vistos em sequência.
Fundado em 2009, o Gephom é um grupo de pesquisa da USP sediado na zona leste de São Paulo, e conta com pesquisadores de origens diversas que trazem questões teóricas e metodológicas produzidas pelos grupos das minorias. O grupo tem buscado “descolonizar” a teoria e o método de história oral e o debate sobre a memória, por meio de leituras vindas de países fora do eixo norte hegemônico.
Com a proposta de realizar atividades de ensino, pesquisa e extensão, articulando as diferentes dimensões da instituição universitária e aproximando-a da comunidade interessada, o Gephom se utiliza da história oral como recurso metodológico para a construção do conhecimento em diversos campos.
Suas linhas de pesquisa discutem memória da migração do Nordeste para o Sudeste do Brasil; questões raciais, étnicas e periféricas; história de bairros, cidades e da zona leste de São Paulo; história, narrativas e memória dos movimentos migratórios; usos pedagógicos da memória oral, entre outros.
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