USP inaugura sala remota com dados protegidos sobre a educação brasileira

Núcleo de Serviço de Acesso a Dados Protegidos do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais será inaugurado nesta terça, dia 2 de julho, no campus de São Paulo; pesquisadores terão acesso a bases de dados para estudos e desenvolvimento de pesquisas

 Publicado: 01/07/2024
Sala remota traz dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP) – Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

 

A Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária (FEA) da USP vai sediar o mais novo Núcleo de Serviço de Acesso a Dados Protegidos (Sedap) do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP), denominado Núcleo de Serviço de Acesso a Dados Protegidos INEP/SEDAP-FEAUSP. A inauguração será nesta terça, dia 2 de julho, às 10 horas, com a presença do reitor da USP Carlos Gilberto Carlotti Junior e do presidente do INEP Manuel Fernando Palacios da Cunha e Melo. Vinculado ao Ministério da Educação, o INEP é responsável pela realização de avaliações, pesquisas e levantamentos estatísticos educacionais do governo federal.

É a primeira sala protegida dentro da USP e a terceira fora da sede do INEP, em Brasília, com computadores preparados em conformidade com as normas do instituto. O núcleo permitirá a pesquisadores o acesso a bases de dados controladas pelo INEP sobre educação no Brasil para estudos e desenvolvimento de pesquisas. A instituição é referência na produção de evidências educacionais, através da realização de avaliações e exames como o Enem e o Enade, além de pesquisas estatísticas e indicadores educacionais. Os censos do instituto englobam dados desde a educação básica até a educação superior, com informações referentes a estudantes, instituições de ensino e docentes.

O pesquisador poderá conectar-se ao amplo banco de dados do INEP, de forma remota, controlada e restrita. A plataforma é baseada em um conjunto de protocolos e ferramentas criados para preservar a integridade e a proteção das informações. O acesso à sala será vigiado por câmeras e para entrar no local, haverá um controle rígido. Não será permitido portar bolsas, mochilas, celulares, pen drives ou qualquer equipamento que possibilite a cópia das informações. A sala é isolada tanto visualmente, quanto acusticamente.

Submissão do projeto e agendamento

Antes de agendar o acesso à sala, o pesquisador precisa submeter seu projeto à uma comissão formada por professores da FEA e da FEA-RP/USP. Coordenada pelos professores Solange Ledi Gonçalves e Luís Eduardo Negrão Meloni, a comissão tem ainda como integrantes os professores Danilo Paula de Souza, Fernando Antonio Staibe Postali, Rafael Pucci e Renato Schwambach Vieira.

A submissão do projeto é feita por meio do site da FEA, na seção Pesquisa, onde também se encontram os detalhes sobre o acesso à sala neste link. Após passar por essa etapa, o projeto é remetido à análise do INEP, que autorizará ou não o acesso ao banco de dados. Assim que aprovado o acesso à base de dados pelo instituto, o pesquisador realiza o agendamento do horário. Na sala, será permitida a entrada de dois pesquisadores, simultaneamente.

O pesquisador não poderá deixar a sala com anotações ou qualquer gravação. Para ter acesso a resultados da pesquisa (tabelas, gráficos e resultados de estimações), ele deverá solicitar antecipadamente a liberação ao próprio INEP. À FEA cabe a análise inicial dos projetos, o agendamento de horários e a vigilância da sala.

“Caso o pesquisador necessite gerar alguma tabela ou gráfico para utilizar em seu artigo científico, ele terá de solicitar a permissão diretamente ao INEP”, afirma a professora Solange Ledi Gonçalves. O INEP verifica se não há informações consideradas sensíveis e o sigilo é necessário, porque nas bases de dados há a identificação das pessoas, cujas informações são protegidas por lei. 

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Texto: Assessoria de Imprensa da FEA USP


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