![Participantes do evento de integração dos alunos internacionais - Foto: Cecília Bastos/USP Imagens](https://jornal.usp.br/wp-content/uploads/20170324_00_intercambistas.jpg)
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A USP mantém parcerias com universidades do mundo todo, proporcionando aos estudantes a chance de enriquecer sua formação e conhecer a realidade e a cultura de outros povos. Somente no ano passado, 2.589 alunos da Universidade foram para o exterior e 1.625 estrangeiros vieram realizar parte de seus estudos aqui. E esses números representam apenas a graduação, já que pesquisadores da pós-graduação e docentes também se beneficiam da mobilidade acadêmica.
“Ela é importante para fazer da USP um ambiente plural e internacional”, reforça o presidente da Agência USP de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional (Aucani), Raul Machado Neto. Os convênios que envolvem mobilidade já somam 977 e esse trabalho, afirma o professor, vem sendo aprimorado gradativamente.
![As intercambistas Marthe Lüebbers e Brenda Maybee Sanchez estudam no Instituto de Psicologia (IP) - Foto: Cecília Bastos/USP Imagens](https://jornal.usp.br/wp-content/uploads/20170324_01_intercambistas.jpg)
No evento de integração dos alunos internacionais da USP, realizado no último dia 23 de março, em São Paulo, estudantes de diversos países se reuniram para trocar experiências e contar as suas expectativas para o semestre. Brenda Maybee Sanchez estuda no Peru e acompanhará aulas no Instituto de Psicologia (IP) da USP neste ano. Ela relatou que seu país é muito rico em cultura, história, fauna e flora, assim como o Brasil. “A USP abre as portas para intercambistas de todas as partes do mundo e estou ansiosa para poder compartilhar as minhas histórias e aprendizagens”, afirmou.
A alemã Marthe Lüebbers estuda na Holanda e também acaba de começar seu período de intercâmbio na USP. Ela se desculpa por não falar português muito bem e diz que praticará bastante nas próximas semanas. Além da qualidade do ensino da Universidade, a futura psicóloga explica que escolheu o Brasil por ser um país muito bonito, com muito verde e um ótimo clima, e ainda elogiou a hospitalidade e o bom humor dos brasileiros.
E é justamente essa receptividade o que move um projeto da Aucani, o programa USP iFriends. Por meio dele, alunos da USP atuam como voluntários para ajudar a integrar os estudantes estrangeiros à comunidade universitária e ao País. Em 2016, 984 estudantes participaram do programa, atendendo 1.274 alunos internacionais.
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Vivência
![Thais Baptista fez uma performance de dança do ventre - Foto: Cecília Bastos/USP Imagens](https://jornal.usp.br/wp-content/uploads/20170324_02_intercambistas.jpg)
Thais Baptista é formada pela Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da USP e, por meio de um edital interno da unidade, teve a oportunidade de estudar na Faculdade de Desporto da Universidade do Porto, em Portugal. “Eu nunca tinha ido para fora do País e fiquei seis meses lá. Foi uma experiência única. Falo dessa viagem com muita emoção, porque foi a primeira vez que coloquei o meu pezinho no mundo sozinha”, lembra. Thais é bailarina de dança do ventre e, além da experiência acadêmica, teve a chance de frequentar escolas locais e de ir para o Egito, acompanhando um festival.
Hoje, Thais é aluna do mestrado e teve a chance de fazer o seu segundo intercâmbio: ficou seis meses na República Checa e participou de um festival de dança do ventre em Barcelona, na Espanha, com pessoas de diversos países. Durante o evento na USP, a bailarina contou que sempre ouvia uma música quando tinha saudade de casa e preparou uma performance com a canção.
![Gariano Kelson Cacheque estuda no Instituto de Relações Internacionais (IRI) - Foto: Cecília Bastos/USP Imagens](https://jornal.usp.br/wp-content/uploads/20170324_03_intercambistas.jpg)
Gariano Kelson Cacheque é angolano e estuda relações internacionais. Ele já está na USP há mais de um ano e conta como foi difícil o começo de sua estadia, principalmente pela questão cultural. “Tem certas coisas que em Angola não é aceito e aqui é muito mais aberto. As pessoas foram muito receptivas e agora está sendo incrível.” O estudante frisou a importância dessa etapa em sua vida: “Essa experiência mudou muito a maneira como eu penso. Eu era muito intolerante a certas questões e tive que me adaptar às diversidades. Hoje sou muito feliz”.