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A USP mantém parcerias com universidades do mundo todo, proporcionando aos estudantes a chance de enriquecer sua formação e conhecer a realidade e a cultura de outros povos. Somente no ano passado, 2.589 alunos da Universidade foram para o exterior e 1.625 estrangeiros vieram realizar parte de seus estudos aqui. E esses números representam apenas a graduação, já que pesquisadores da pós-graduação e docentes também se beneficiam da mobilidade acadêmica.
“Ela é importante para fazer da USP um ambiente plural e internacional”, reforça o presidente da Agência USP de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional (Aucani), Raul Machado Neto. Os convênios que envolvem mobilidade já somam 977 e esse trabalho, afirma o professor, vem sendo aprimorado gradativamente.

No evento de integração dos alunos internacionais da USP, realizado no último dia 23 de março, em São Paulo, estudantes de diversos países se reuniram para trocar experiências e contar as suas expectativas para o semestre. Brenda Maybee Sanchez estuda no Peru e acompanhará aulas no Instituto de Psicologia (IP) da USP neste ano. Ela relatou que seu país é muito rico em cultura, história, fauna e flora, assim como o Brasil. “A USP abre as portas para intercambistas de todas as partes do mundo e estou ansiosa para poder compartilhar as minhas histórias e aprendizagens”, afirmou.
A alemã Marthe Lüebbers estuda na Holanda e também acaba de começar seu período de intercâmbio na USP. Ela se desculpa por não falar português muito bem e diz que praticará bastante nas próximas semanas. Além da qualidade do ensino da Universidade, a futura psicóloga explica que escolheu o Brasil por ser um país muito bonito, com muito verde e um ótimo clima, e ainda elogiou a hospitalidade e o bom humor dos brasileiros.
E é justamente essa receptividade o que move um projeto da Aucani, o programa USP iFriends. Por meio dele, alunos da USP atuam como voluntários para ajudar a integrar os estudantes estrangeiros à comunidade universitária e ao País. Em 2016, 984 estudantes participaram do programa, atendendo 1.274 alunos internacionais.
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Vivência

Thais Baptista é formada pela Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da USP e, por meio de um edital interno da unidade, teve a oportunidade de estudar na Faculdade de Desporto da Universidade do Porto, em Portugal. “Eu nunca tinha ido para fora do País e fiquei seis meses lá. Foi uma experiência única. Falo dessa viagem com muita emoção, porque foi a primeira vez que coloquei o meu pezinho no mundo sozinha”, lembra. Thais é bailarina de dança do ventre e, além da experiência acadêmica, teve a chance de frequentar escolas locais e de ir para o Egito, acompanhando um festival.
Hoje, Thais é aluna do mestrado e teve a chance de fazer o seu segundo intercâmbio: ficou seis meses na República Checa e participou de um festival de dança do ventre em Barcelona, na Espanha, com pessoas de diversos países. Durante o evento na USP, a bailarina contou que sempre ouvia uma música quando tinha saudade de casa e preparou uma performance com a canção.

Gariano Kelson Cacheque é angolano e estuda relações internacionais. Ele já está na USP há mais de um ano e conta como foi difícil o começo de sua estadia, principalmente pela questão cultural. “Tem certas coisas que em Angola não é aceito e aqui é muito mais aberto. As pessoas foram muito receptivas e agora está sendo incrível.” O estudante frisou a importância dessa etapa em sua vida: “Essa experiência mudou muito a maneira como eu penso. Eu era muito intolerante a certas questões e tive que me adaptar às diversidades. Hoje sou muito feliz”.