Melhorar as condições de saúde da população brasileira: esse é o principal objetivo da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP. Para isso, trabalha na construção de conhecimentos que auxiliem na inovação e desenvolvimento de tecnologias e de políticas públicas na área. Criada em 1918, antes mesmo da própria USP, a faculdade inicia, em agosto, as comemorações dos seus 100 anos com um ciclo de seminários.
Doença mental, câncer, SUS e alimentação saudável são alguns dos temas desses eventos gratuitos e abertos a toda a comunidade. O primeiro deles será dia 23 de agosto, sobre acesso à água de qualidade. Debaterão o tema: Pedro Mancuso, professor sênior da FSP e assistente técnico na área de meio ambiente do Ministério Público do Estado de São Paulo; e Wanderley da Silva Paganini, professor associado da USP e superintendente de Gestão Ambiental da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
O evento é realizado sempre às quartas-feiras, das 17 às 18 horas e as apresentações ficarão disponíveis no canal da FSP no Youtube. A programação completa do ciclo de seminários pode ser acessada no link.
A Faculdade de Saúde Pública fica na Av. Dr. Arnaldo, 715 – Cerqueira Cesar, em São Paulo, próximo ao Metrô Clínicas. Veja como chegar.
Histórico
As origens da Faculdade de Saúde Pública da USP remontam ao Laboratório de Higiene, criado em 9 de fevereiro de 1918 a partir de um convênio firmado entre o Governo do Estado de São Paulo e a Fundação Rockefeller. Quatro anos depois, sob o comando de Geraldo Horácio Paula Souza, o laboratório foi rebatizado como Instituto de Hygiene – como se pode ver até hoje em sua fachada – dando início a uma visão multidisciplinar do tema.
Essa visão guiou a criação do primeiro centro de saúde do País, anexo ao instituto. Ele servia como referência para os estudantes do primeiro curso de especialização em Saúde Pública, destinado não somente a médicos, mas também a engenheiros e outros profissionais sanitaristas. Outro curso pioneiro foi o de Nutrição, o primeiro do Brasil, criado pelo professor Paula Souza como uma estratégia para melhorar a saúde dos trabalhadores da indústria pela alimentação, em 1939.
A partir da década de 1950, a então Escola de Higiene e Saúde Pública da USP (nova denominação do Instituto de Hygiene) passa a ter um importante papel em ações de prevenção de doenças e controle de epidemias. Entre essas ações destacam-se a fluoretação da água para reduzir a incidência de cáries em crianças; o estudo de Yaro Gandra que permitiu a iodação obrigatória do sal de cozinha; e as pesquisas e atividades de ensino para o combate à tuberculose.
Em 1969, a Escola de Higiene recebe a denominação de Faculdade de Saúde Pública. A unidade tem dois cursos de graduação: o de Nutrição e o de Saúde Pública, além de cursos de cultura e extensão e o Programa de Pós-graduação em Nutrição e Saúde Pública, que mantém o caráter multidisciplinar da faculdade – uma tradição dessa instituição.
Com informações da Assessoria de Imprensa da FSP