O programa Manhã com Bach, transmitido pela Rádio USP (93,7 MHz), completa quatro anos no ar neste mês.
A primeira edição foi ao ar nos dias 6 e 7 de dezembro de 2014. Desde então, já foram realizadas 209 edições do programa, que apresenta músicas de Bach na íntegra e interpretadas pelos melhores músicos do mundo dedicados ao compositor alemão.
Para comemorar a data, a edição de 1º e 2 de dezembro de 2018 exibiu duas músicas de Bach: a Partita em Si Menor (BWV 1002) e a cantata Ich bin vergnügt mit meinem Glücke, “Eu estou satisfeito com a minha sorte” (BWV 84).
Ouça nos links acima a íntegra do programa.
Manhã com Bach vai ao ar aos sábados, às 9 horas, com reapresentação no domingo, também às 9 horas, inclusive via internet, pela Rádio USP.
Sonatas e partitas de Bach para violino
A Partita em Si Menor (BWV 1002) faz parte dos Sei Solo a Violino Senza Basso Accompagnato (Seis Solos para Violino sem Acompanhamento do Baixo), como Bach originalmente intitulou a obra, ao modo italiano típico da época, que foram compostos em 1720, na corte de Köthen.
Esse conjunto de obras é formado por três sonatas e três partitas, que no manuscrito original vêm intercaladas: a Sonata Número 1 em Sol Menor (BWV 1001), a Partita Número 1 em Si Menor (BWV 1002), a Sonata Número 2 em Lá Menor (BWV 1003), a Partita Número 2 em Ré Menor (BWV 1004), a Sonata Número 3 em Dó Maior (BWV 1005) e a Partita Número 3 em Mi Maior (BWV 1006).
Essas peças ficaram esquecidas após a morte de Bach, em 1750, até serem publicadas em Bonn, na Alemanha, em 1802, e começarem a ser apresentadas pelo húngaro Josef Joachim, um dos maiores violinistas do século 19. A partir de então, elas se tornaram parte obrigatória do repertório para violino e um modelo para as composições do gênero.
Pesquisadores especulam que o erro de italiano no título original – o certo é “Sei Soli”, e não “Sei Solo” – pode ter sido intencional. Em alemão, a expressão poderia ser lida como “estar sozinho”, numa referência à situação de Bach após o desaparecimento então recente de sua primeira esposa, Maria Barbara Bach, morta em 7 de julho de 1720.