Na coluna desta semana, o professor Bruno Bedo apresenta estudo recente que analisa a recuperação muscular dos isquiotibiais após jogos de futebol, questionando se 72 horas são suficientes para a recuperação completa. A pesquisa focou nos fatores de risco associados às lesões nos isquiotibiais, destacando a recuperação dentro do intervalo de 72 horas, comum em partidas de futebol de elite.
Os principais fatores que afetam a recuperação dos isquiotibiais após uma partida de futebol são relacionados ao desempenho em sprints, como tempo de corrida em distâncias curtas e capacidade de gerar força horizontal. A força dos músculos da cadeia posterior e a amplitude de movimento dos jogadores também não voltaram aos níveis normais, sugerindo uma recuperação incompleta dos isquiotibiais após 72 horas, e a análise histológica identificou danos contínuos nas fibras musculares dos isquiotibiais, com aumento de lesões localizadas, sugerindo que 72 horas podem não ser suficientes para uma recuperação completa.
De acordo com Bedo, o estudo sugere que os jogadores de futebol podem minimizar o risco de lesões nos isquiotibiais após uma partida quando o tempo entre elas for superior a 72 horas para uma recuperação mais completa, reduzindo o risco de lesões. É recomendável a implementação de programas de prevenção de lesões personalizados, que considerem os fatores de risco individuais, como a força muscular e o controle lombopélvico. O acompanhamento contínuo da recuperação dos jogadores, utilizando análises multifatoriais, pode ser essencial para entender as necessidades individuais de recuperação e prevenir futuras lesões.
Ciência e Esporte
A coluna Ciência e Esporte, com o professor Bruno Bedo, vai ao ar toda sexta-feira às 10h00, na Rádio USP (São Paulo 93,7 FM; Ribeirão Preto 107,9 FM) e também no Youtube, com produção do Jornal da USP e TV USP.
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