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Jogo digital contribui para a recuperação de pacientes com disfunção cognitiva por covid-19
Segundo Lívia Valentim, o estudo está em busca de novos voluntários que apresentem sequelas adquiridas após a recuperação da doença
O Incor, Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina (HCFMRP) da USP, especificamente o setor de coronariopatia, está desenvolvendo um estudo em parceria com a OMS, Organização Mundial da Saúde, sobre os impactos nas funções cognitivas de pacientes recuperados da covid-19. O estudo utiliza-se do jogo digital Mental Plus, criado para avaliar e reabilitar as funções cognitivas de pacientes e, atualmente, o projeto procura mais voluntários.
A responsável pelo projeto e neuropsicóloga Lívia Valentim relata que os estudos sobre as consequências cognitivas originadas pela covid-19 tiveram grande evolução desde 2020, ano do epicentro da pandemia. Segundo ela, “depois viemos a descobrir outras consequências que faziam com que os pacientes acometidos pela covid tivessem também as suas funções cognitivas prejudicadas, mas não apenas pela dessaturação do oxigênio e sim por outras consequências, outras vias de acesso do coronavírus ao cérebro. Ou seja, muitos estudos e acompanhamentos clínicos têm apontado até aqui a relação entre a covid-19 e a perda cognitiva”, detalha a especialista.
Ela relata que, após criar o Mental Plus, jogo com o objetivo de avaliar pacientes que eram analfabetos, ele foi rapidamente adaptado para sua utilização em meio à pandemia.

Segundo Lívia, após o início da pesquisa no Incor, o jogo foi um norteador, principalmente com o frequente aparecimento de pacientes queixando-se do mesmo problema, a disfunção cognitiva.
Perfil
De acordo com a análise dos pacientes, Lívia notou um determinado perfil entre os casos. “Pessoas que têm aproximadamente 40 ou 50 anos, que começam a ter as queixas e, infelizmente, tivemos 12 pessoas no estudo que demenciaram precocemente, mas porque têm histórico de demência na família. Pai ou mãe, um histórico direto. Antes eles não tinham essas queixas ou sequer transtornos de personalidade ou humor.”
O estudo ainda continua em progresso, utilizando o Mental Plus e procurando a recuperação dos pacientes que ainda enfrentam sequelas da doença e, ainda assim, está em busca de novos voluntários interessados em participar, os quais devem apresentar sequelas adquiridas após a recuperação da covid-19. Entrar em contato pelo e-mail livia.valentin.hc.fm.usp.br ou pelo telefone (apenas mensagens de texto) 11 99428-9054.

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O Incor, Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina (HCFMRP) da USP, especificamente o setor de coronariopatia, está desenvolvendo um estudo em parceria com a OMS, Organização Mundial da Saúde, sobre os impactos nas funções cognitivas de pacientes recuperados da covid-19. O estudo utiliza-se do jogo digital Mental Plus, criado para avaliar e reabilitar as funções cognitivas de pacientes e, atualmente, o projeto procura mais voluntários.
A responsável pelo projeto e neuropsicóloga Lívia Valentim relata que os estudos sobre as consequências cognitivas originadas pela covid-19 tiveram grande evolução desde 2020, ano do epicentro da pandemia. Segundo ela, “depois viemos a descobrir outras consequências que faziam com que os pacientes acometidos pela covid tivessem também as suas funções cognitivas prejudicadas, mas não apenas pela dessaturação do oxigênio e sim por outras consequências, outras vias de acesso do coronavírus ao cérebro. Ou seja, muitos estudos e acompanhamentos clínicos têm apontado até aqui a relação entre a covid-19 e a perda cognitiva”, detalha a especialista.
Ela relata que, após criar o Mental Plus, jogo com o objetivo de avaliar pacientes que eram analfabetos, ele foi rapidamente adaptado para sua utilização em meio à pandemia. Segundo Lívia, após o início da pesquisa no Incor, o jogo foi um norteador, principalmente com o frequente aparecimento de pacientes queixando-se do mesmo problema, a disfunção cognitiva.
Perfil
De acordo com a análise dos pacientes, Lívia notou um determinado perfil entre os casos. “Pessoas que têm aproximadamente 40 ou 50 anos, que começam a ter as queixas e, infelizmente, tivemos 12 pessoas no estudo que demenciaram precocemente, mas porque têm histórico de demência na família. Pai ou mãe, um histórico direto. Antes eles não tinham essas queixas ou sequer transtornos de personalidade ou humor.”
O estudo ainda continua em progresso, utilizando o Mental Plus e procurando a recuperação dos pacientes que ainda enfrentam sequelas da doença e, ainda assim, está em busca de novos voluntários interessados em participar, os quais devem apresentar sequelas adquiridas após a recuperação da covid-19. Entrar em contato pelo e-mail livia.valentin.hc.fm.usp.br ou pelo telefone (apenas mensagens de texto) 11 99428-9054.
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