USP é a terceira universidade do mundo que mais publica artigos sobre biodiversidade

Constatação é do relatório “Pesquisa em Biodiversidade na Holanda e em todo o mundo” produzido pela Elsevier, empresa de análise de informações e de pesquisa

 02/06/2023 - Publicado há 2 anos     Atualizado: 07/06/2023 às 17:02
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Fotomontagem: Jornal da USP – Fotos: Flaticon, Julio Cesar Bazanini/USP Imagens e Marcos Santos/USP Imagens
 

Um relatório produzido pela Elsevier, empresa de análise de informações e de pesquisa, constatou que a USP é a terceira universidade no mundo que mais publica artigos sobre biodiversidade. O relatório intitulado Pesquisa em Biodiversidade na Holanda e em todo o mundo compara o escopo e o impacto da pesquisa em biodiversidade na Holanda e em outros países do mundo, abrangendo o cenário acadêmico, a colaboração com a indústria, como a política internacional é moldada, além de analisar o financiamento holandês para pesquisa em biodiversidade.

Com 1.882 publicações indexadas nos últimos cinco anos, a USP fica atrás da Universidade Academia Chinesa de Ciências e da Universidade de Montpellier.

A pesquisa da biodiversidade é o estudo da vida na Terra em todos os níveis, desde os genes até ecossistemas inteiros compostos de plantas, animais, humanos e outros organismos. Para a elaboração do relatório, foi utilizada a base Scopus, o maior banco de dados mundial de literatura revisada por pares, que indexa conteúdo de mais de 25 mil periódicos acadêmicos e 7 mil editores.

Michiel Kolman – Foto: Elsevier

“O declínio da biodiversidade é um dos maiores desafios que enfrentamos em escala global, então, nós da Elsevier, decidimos contribuir para mapear a pesquisa da biodiversidade globalmente e com um mergulho profundo na Holanda, país onde a Elsevier está sediada. Queríamos ver quais nações e quais organizações científicas mais contribuíram para a pesquisa da biodiversidade”, explica o vice-presidente sênior de redes de pesquisa da Elsevier, Michiel Kolman.

“Se a biodiversidade diminuir ainda mais, a qualidade de vida na Terra também diminuirá. Esperamos que este relatório seja útil para todas as partes interessadas – de legisladores a pesquisadores e o público – ao abordarmos coletivamente essa importante questão. É muito encorajador ver tanto o alto volume quanto a qualidade da pesquisa sobre esse tópico, tanto aqui na Holanda quanto em todo o mundo”, afirma Kolman.

 USP no top 3

Um dos principais resultados do estudo diz respeito ao aumento de 10% da pesquisa acadêmica sobre biodiversidade nos últimos cinco anos. O relatório identificou que há uma forte colaboração internacional neste tópico, com pesquisadores holandeses colaborando com autores fora da Holanda em 83% dos artigos de pesquisa, enquanto a média global é de 37% para artigos sobre biodiversidade. Durante a última década, os países europeus publicaram mais pesquisas sobre biodiversidade, com 41% dos autores baseados na Europa, seguidos pelos EUA (21%) e China (16%).

De acordo com o documento, países como Brasil, México e África do Sul publicam substancialmente mais sobre biodiversidade do que sua contribuição geral para a pesquisa global, enquanto países como Rússia, Índia, China e Japão publicam relativamente menos.

Universidades mais produtivasProdução científica
Universidade Academia Chinesa de Ciências 2.937
Universidade de Montpellier1.945
Universidade de São Paulo (USP) 1.882
Universidade PSL1.846
Instituto Smithsonian1.555
Universidade Nacional Autônoma do México1.531
Universidade Sorbonne1.477
Universidade de Queensland1.366
Wageningen Universidade & Pesquisa1.366
Universidade Jana Friedrich Schiller 1.329

 

“Quando olhamos para os países, vemos que alguns deles realmente se destacam, pois contribuem mais para a pesquisa sobre biodiversidade do que o esperado de sua contribuição geral para a literatura de pesquisa. Brasil, México e África do Sul contribuem com cerca de 2% de todas as suas publicações sobre biodiversidade, o que é três vezes maior que a média global. É claro que esses países também contribuem imensamente para a biodiversidade, observando a variedade de espécies em seus ecossistemas”, avalia o representante da Elsevier.

O relatório revela, também, que pesquisadores e brasileiros trabalham juntos em uma variedade de tópicos relacionados com a ecologia e conservação de florestas tropicais amazônicas, incluindo
impactos do desmatamento e mudanças climáticas,  ecologia dos peixes e outras espécies aquáticas e uso de sensoriamento remoto e outras tecnologias de monitoramento de ecossistemas florestais.

Para ele, ao analisar as universidades mais prolíficas do mundo em termos de biodiversidade, “a USP está no top 3, o que é um feito impressionante. Tenho certeza de que a USP contribui significativamente para o forte histórico do Brasil em pesquisa em biodiversidade”.

O relatório da Elsevier foi lançado no dia 22 de maio, data que marca o Dia Internacional da Diversidade Biológica, e está disponível neste link para download.


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