
Nesta quarta-feira, dia 1º de setembro, no Teatro Guarany, a Prefeitura de Santos e a USP assinaram os contratos para iniciar a elaboração dos Planos de Ciência, Tecnologia e Inovação e de Marketing e Atração de Empresas para a criação do Parque Tecnológico de Santos.
Instituído pela Lei Complementar nº 648, de 1º de janeiro de 2009, o Parque Tecnológico de Santos tem como um dos diferenciais o fato de ocupar uma área urbana, que reúne instalações de pesquisas locais em terrenos com 220 mil m2 nos bairros do Valongo, Vila Nova e Vila Matias, em Santos.
Planos
O Plano de Ciência, Tecnologia e Inovação tem como objetivo diagnosticar instalações, pesquisadores e pesquisas; identificar oportunidades de pesquisa que promova inovação destinada às empresas da região; além de elaborar plano com projetos e ações para viabilizar rede e fluxo de pesquisa. A Secretaria Estadual de Desenvolvimento destinou R$ 110 mil para a elaboração desses estudos que começam imediatamente após a assinatura deste contrato.
Já o Plano de Marketing e Atração de Empresas vai diagnosticar atividades que utilizam tecnologia em Santos; identificar oportunidades em empresas utilizadoras ou desenvolvedoras de tecnologia; elaborar plano com projetos e ações para viabilizar marketing do Parque e atração de empresas. O Governo do Estado liberou R$ 150 mil para esse plano.
A coordenação dos dois planos ficará a cargo de dois Núcleos da USP: Grupo de Automação Elétrica em Sistemas Industriais (GAESI), do Departamento de Engenharia de Energia e Automação Elétricas da Escola Politécnica; e do Núcleo de Política e Gestão Tecnológica (PGT), ligado à Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA). Além da colaboração nas pesquisas, a USP participará do desenvolvimento do processo prático do Parque Tecnológico.
União entre governo, empresas e universidades
Na cerimônia, o secretário municipal de Desenvolvimento e Assuntos Estratégicos de Santos, Márcio Lara, fez uma apresentação sobre o projeto do Parque, que, segundo ele, é inovador e tem o objetivo de fortalecer Santos como uma cidade de tecnologia. “Este Parque é inovador por ser urbano e mobilizar as Universidades e Centros de Pesquisa, que serão locais de funcionamento do Parque”.

De acordo com a Secretaria Estadual de Desenvolvimento, a criação do Parque Tecnológico de Santos é um dos 17 projetos já credenciados no Estado de São Paulo, que existe há quatro anos no governo estadual. “Ele tem condições de alavancar o desenvolvimento de Santos e região, transformando conhecimento em riqueza”, afirma o coordenador de Ciência, Tecnologia e Inovação desta Secretaria, Dante Pinheiro Martinelli, que também é professor da Faculdade de Economia Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEARP).
O diretor executivo da FUSP, Antonio Marcos de Aguirra Massola, destacou que a assinatura deste contrato é uma parceria inédita, constituindo um grande objetivo transformado em realidade. Para o reitor da USP, João Grandino Rodas, esta parceria também tem um peso grande e é uma tentativa bem sucedida, pois une governo, empresas e universidades. “Esta união é importante para a Universidade não ficar isolada. Mas, também um grande desafio, por trabalhar com estes três segmentos diferentes nas finalidades e composições”, afirma o reitor.
Para o prefeito de Santos, João Paulo Tavares Papa, com a descoberta do pré-sal, a Baixada Santista precisa se preparar, pois tem um papel a cumprir no desenvolvimento do país. “O Parque vai ser um orgulho para São Paulo e um marco no seu desenvolvimento e vai fazer de Santos um centro de excelência”.

Na ocasião da assinatura dos contratos, também foi constituído o Grupo Técnico de Pesquisa que participará da elaboração dos dois planos, que é composto pela Prefeitura de Santos, Usiminas, Petrobras, Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Associação Comercial de Santos, as Universidades: Universidade Santa Cecília (UniSanta), Universidade Católica de Santos (Unisantos); Universidade Paulista (Unip); Universidade Metropolitana de Santos (Unimes); Centro Universitário do Monte Serrat (Unimonte); Centro Universitário Lusíada (Unilus); Universidade Federal de São Paulo (Unifesp); e Faculdade de Tecnologia Rubens Lara (Fatec).
(Fotos: Ernani Coimbra)