
No dia 13 de setembro, dois pesquisadores da USP foram premiados, em cerimônia realizada no Palácio dos Bandeirantes, por ocasião da 56ª edição do Prêmio Bunge, criado em 1955 para reconhecer a importância de profissionais que contribuem para o desenvolvimento da cultura e da ciência no país. Este ano, os temas escolhidos foram “Defesa sanitária animal e vegetal” e “Oceanografia”.
O prêmio seleciona pesquisadores com reconhecimento internacional entre indicações feitas pela comunidade científica – como as universidades e a FAPESP. O governador Geraldo Alckmin justificou a importância das duas áreas de pesquisa selecionadas este ano. “A agricultura brasileira é a mais eficiente dos trópicos, e a defesa sanitária é central no seu desenvolvimento”, afirmou. Ele destacou também que a oceanografia, premiada este ano pela primeira vez, enfrenta enormes desafios impostos pelas mudanças no clima e pela poluição.
O engenheiro agrônomo José Roberto Postali Parra, da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq) foi um dos grandes premiados da noite, com R$ 100.000,00, por sua vida e obra. Parra é especialista no uso de insetos para controle biológico de pragas. “O uso de insetos é eficaz contra a broca da cana-de-açúcar”, exemplificou em vídeo produzido pela Fundação Bunge.
A categoria Juventude, em sua 32ª edição, premiou com R$ 40.000,00 a veterinária Helena Lage Ferreira, da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos e especialista em vírus de aves, tema que aproxima a produção de alimento do controle de epidemias como a da gripe aviária. “Os vírus que atacam as criações têm seu reservatório natural nas aves silvestres”, explica no vídeo apresentado na solenidade.
A noite, que além da premiação ofereceu uma apresentação musical do sexteto Britten e uma recepção com jantar, homenageou a “aquisição e a renovação de saberes no sempre novo cenário da ciência”, nas palavras de Jacques Marcovitch, presidente da Fundação Bunge e reitor da USP, no período de 1997 a 2001. Para ele, a ciência – por seu papel na iluminação das mentes – continuará credora da humanidade por mais que seja homenageada.
(Com informações da Agência Fapesp / Foto: Ernani Coimbra)