Crusp passa por ação de descupinização como parte de ações de recuperação do conjunto - Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Crusp passa por processo de descupinização de todos os prédios

Ao longo do ano, o Jornal da USP acompanhará as principais ações de recuperação da estrutura do Conjunto Residencial da USP

 17/05/2023 - Publicado há 2 anos     Atualizado: 18/08/2023 às 14:42

Texto: Erika Yamamoto
Arte: Carolina Borin Garcia

Começou nesta semana o processo de descupinização dos apartamentos do Conjunto Residencial da USP (Crusp). Esta é a primeira ação da Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento (PRIP) voltada para a melhoria da qualidade das moradias estudantis.

O problema de infestação de cupins foi uma das principais reclamações identificadas em uma pesquisa realizada entre moradores do Crusp, no final do ano passado, com o objetivo de identificar as demandas mais urgentes, fazer um diagnóstico do espaço físico e elaborar um plano de ações para a recuperação do complexo.

“De todos os problemas apontados na pesquisa, a prioridade dada à descupinização justificou-se por critérios técnicos e de bem-estar para os moradores do Crusp. Precisamos primeiro eliminar a infestação de cupins de solo e madeira existente em todas as moradias, para podermos colocar móveis novos e adequados nos quartos e salas dos apartamentos. Com a descupinização, também garantiremos que os moradores não sejam atacados pelos insetos e larvas e tenham seus pertences destruídos”, explica a pró-reitora de Inclusão e Pertencimento, Ana Lúcia Duarte Lanna.

Mulher branca, com óculos, blusa preta e colocar com ornamentos na cor laranja
Ana Lucia Duarte Lanna é pró-reitora de Inclusão e Pertencimento da USP - Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Outras prioridades apontadas pelos moradores na pesquisa foram a recuperação da rede elétrica, a impermeabilização da cobertura dos prédios, a troca de móveis e a instalação de uma cozinha em todos os apartamentos.

Descupinização no Crusp - Fotos: Marcos Santos/USP Imagens

Orientações gerais

O primeiro bloco a passar pelo procedimento é o Bloco G, que abriga cerca de 200 estudantes da pós-graduação. São descupinizados os apartamentos de dois andares por dia e, segundo o cronograma da PRIP, todo o trabalho no Crusp deverá ser concluído no final de junho.

Apesar de não apresentar riscos para a saúde, a aplicação dos produtos utilizados no processo de descupinização é realizada sem a presença dos moradores e o retorno aos apartamentos só é liberado 5h após a realização dos serviços. As portas e janelas dos quartos permanecem abertas nesse período, para permitir a dispersão mais rápida do produto.

Os moradores já receberam o cronograma do trabalho e, no dia da aplicação, estão sendo orientados a deixar os apartamentos destrancados, além de tirar as roupas dos móveis com cupins, cobrir as camas com um lençol provisório ou trocar a roupa de cama logo após a descupinização e não deixar alimentos expostos.

Próximas ações

A descupinização é apenas o começo de uma série de ações que serão realizadas no Conjunto Residencial. Para a renovação do mobiliário, outra necessidade apontada como urgente pelos moradores do Crusp, já está em fase de licitação a aquisição de colchões e móveis como camas, guarda-roupas, escrivaninhas e estantes para todos os quartos.

Em julho, devem ser iniciadas a impermeabilização das coberturas de todos os prédios, a reforma da rede elétrica e a instalação de um novo sistema de interfone.

Paralelamente, a Pró-Reitoria está trabalhando na elaboração de um projeto para a instalação de cozinhas em todos os apartamentos. Por causa da complexidade da obra, o projeto exige que antes sejam efetuadas a adequação do piso e a preparação dos sistemas hidráulicos e elétricos de todos os apartamentos.

O processo de recuperação do Conjunto Residencial da USP começou em 2021, quando teve início a reforma do bloco D. Com a criação da Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento, que incorporou a antiga Superintendência de Assistência Social, houve uma mudança na percepção das prioridades dos moradores e de como as reformas deveriam ser conduzidas.

Como explica a pró-reitora Ana Lúcia, “a demora em finalizar as obras, caso fossem executadas em um prédio de cada vez, e os custos envolvidos foram elementos importantes para a mudança de estratégia na melhoria do espaço físico do Crusp. Nós optamos por finalizar a reforma do bloco D e, nos demais blocos que compõem a moradia estudantil, realizar todas as intervenções de forma simultânea. Todas as intervenções estão sendo apresentadas previamente aos moradores e discutidas com eles”.

Conjunto Residencial da USP

Localizado na Cidade Universitária Armando de Salles Oliveira, o Crusp é formado por oito blocos, com capacidade para abrigar cerca de 1.600 estudantes de graduação e pós-graduação da USP. Atualmente, os apartamentos possuem três quartos individuais, uma sala comum, banheiro e pia, e os prédios também são equipados com cozinhas e lavanderias compartilhadas.

As vagas são destinadas a alunos com dificuldades socioeconômicas e geridas pela coordenadoria Vida no Campus da PRIP. O Programa de Permanência Estudantil da Universidade concede suporte à moradia para aproximadamente 15 mil estudantes, sendo oferecidas 2.700 vagas em moradia estudantil, como o Crusp, e 12.300 auxílios integrais, no valor de R$ 800. Os estudantes com vaga nas moradias também recebem um auxílio parcial, no valor de R$ 300.


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