USP comemora a Independência e a Semana de Arte Moderna

O projeto “3 vezes 22”, da Biblioteca Brasiliana, celebra acontecimentos que mudaram a história e a cultura do País

 23/11/2017 - Publicado há 7 anos
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Logo do projeto 3 vezes 22 – Divulgação

Percorrer um caminho de reflexão sobre o passado, o presente e o futuro de duas datas emblemáticas na história político-cultural do Brasil – a Independência, em 1822, e a Semana de Arte Moderna, em 1922 – é a meta do projeto 3 vezes 22, da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin da USP. Com uma programação de seminários, debates, exposições e publicações, vai se estender até 2022, ano em que se comemora o Bicentenário da Independência e o Centenário da Semana de Arte Moderna. Desde o primeiro semestre, foram criadas, por meio de portarias da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP, duas comissões responsáveis pela organização das atividades, que serão abertas a todos os pesquisadores, professores, funcionários, estudantes e à população em geral.

O professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP Alexandre Macchione Saes, vice-diretor da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin, preside as comissões integradas por especialistas da Universidade sobre os temas em destaque. “Esse projeto não é apenas a celebração de duas datas canônicas, mas uma tentativa de entrecruzar temporalidades da Independência, em 1822, do Modernismo, em 1922, e da história do nosso tempo presente, 2022. Daí o nome 3 vezes 22”, explica.
Ao percorrer o caminho do presente a partir do passado, o professor Saes observa que a Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin se vale de seu rico acervo como ponto de partida, estimulando pesquisas e olhares para as obras e documentos existentes.

Acreditamos que ao iniciar as atividades de reflexão de marcos tão relevantes de nossa história, é possível estimular o espírito crítico.”

As atividades do projeto 3 vezes 2 vão ser abertas a partir deste mês. “Acreditamos que ao iniciar as atividades de reflexão de marcos tão relevantes de nossa história, é possível estimular o espírito crítico”, observa Saes. “Vamos não somente fomentar novos olhares para objetos com interpretações clássicas e consolidadas, como também nos valer das experiências do passado para provocar questões sobre a formação da nação, das identidades e de um Brasil moderno, norteando novos horizontes a partir do que almejamos construir 2022.”

Pernambuco, o Brasil e o Mundo: programação dia 28 – Divulgação

Nesta sexta-feira, dia 24, das 9 às 12 horas, o projeto abre as suas atividades apresentando o seminário A Hora e a Vez de Clarice Lispector, com uma homenagem aos 40 anos de A Hora da Estrela, o último livro da escritora. O evento contará com a participação de professores, críticos de literatura e pesquisadores da obra de Clarice Lispector. A abertura tem a participação de Vilma Arêas, escritora, ensaísta e professora de Teoria Literária da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Também participam Jaime Ginzburg, Yudith Rosenbaum e Erwin Torralbo Guimenez, do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP. No encerramento, a presença de Nadia Battella Gotlib, professora do Programa de Pós-Graduação em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa da FFLCH, escritora e estudiosa da obra de Clarice Lispector.

Clarice Lispector: homenagem à A hora da Estrela

No dia 28, terça-feira, das 14 às 18 horas, a programação continua com o debate Pernambuco, o Brasil e o Mundo sobre os temas “A história e a historiografia da Revolução Pernambucana” e “A conjuntura luso-americana de 1817”. Participam os historiadores Flávio Gomes Cabral, da Universidade Federal de Pernambuco; Breno Gontijo Andrade, da Universidade Federal de Minas Gerais; Marisa Saenz Leme, da Universidade Estadual Paulista-Unesp; Guilherme de Paula Costa Santos, da USP; Adriano Comissoli, da Universidade Federal de Santa Maria; e Wilma Peres Costa, da Universidade Federal de São Paulo.

Índios no Brasil: balanços e perspectivas – Divulgação

De 11 a 13 de dezembro, também está programado o seminário 25 Anos de História dos Índios no Brasil: Balanços e Perspectivas da História Indígena, com a participação dos professores Camila Loureiro Dias, da Unicamp, Eduardo Natalino dos Santos, Manuela Carneiro da Cunha e Marta Rosa Amoroso, da USP. O evento conta com a participação de dois convidados especiais: Ailton Krenak, escritor, ambientalista e um dos líderes do movimento indígena brasileiro, e Josilea Kaingang, mestre em Antropologia Social pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Todos os eventos são gratuitos. Estão abertos à população em geral e não necessitam de inscrição prévia.

A Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin fica na Rua da Biblioteca s/n, Cidade Universitária. Mais informações pelo tel. (11) 2648-0310. De segunda a sexta-feira, das 8h30 às 18h30, e aos sábados, das 9 às 13 horas. Entrada franca.


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