Somente em 2013, entretanto, aconteceria a retificação do atestado de óbito de Vlado, no qual, em vez de “asfixia mecânica por enforcamento”, passaria a constar como causa da morte “lesões e maus tratos”. No ano seguinte, a Comissão Nacional da Verdade reconheceria o Estado Brasileiro como responsável por sua morte. Quatro anos depois, em 2018, seria a vez da Corte Interamericana de Direitos Humanos considerar o Estado Brasileiro culpado por falta de investigação, julgamento e punição de seus torturadores e assassinos.
Agora, em 2025, no 31 de janeiro, após 50 anos, a Justiça Federal concedeu pensão para Clarice Herzog, que está com 83 anos e é diagnosticada com doença de Alzheimer. A reparação econômica mensal e vitalícia, no valor de R$ 34.577,89, corresponde ao cargo de diretor de Jornalismo que Vlado ocupava na TV Cultura quando foi assassinado.