Livro retrata experiência de sobrevivente da faixa de Gaza

Obra teve seu lançamento neste dia 16, no prédio da História e Geografia, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, dia em que é inaugurado o Centro de Estudos Palestinos (CEPal)

 16/10/2024 - Publicado há 2 meses
Imagem: Foto do livro Quero estar acordado quando morrer
Capa do livro Quero estar acordado quando morrer: diário do genocídio em Gaza – Foto: Divulgação/Editora Elefante

O escritor Atef Abu Saif é autor do livro Quero estar acordado quando morrer: diário do genocídio em Gaza, publicado pela Editora Elefante. A obra teve seu lançamento nesta quarta-feira (16), durante a cerimônia de inauguração do Centro de Estudos Palestinos (CEPal) da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP. Atef Abu Saif foi um dos oradores do encontro na FFLCH.

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Nascido no campo de refugiados de Jabalia, na Faixa de Gaza, em 1973, formou-se na Universidade de Birzeit, na Cisjordânia, com estudos de pós-graduação na Universidade de Bradford, Inglaterra, e no Instituto Universitário Europeu de Florença, Itália. É autor de cinco romances e dois livros de contos, além de ensaios políticos, como The Drone Eats with Me [O drone almoça comigo] (Comma, 2015) e A Suspended Life [Uma vida em suspenso] (Al-Ahleya, 2015). Colabora frequentemente com jornais e revistas árabes, além de já ter publicado no New York Times e no Guardian, entre outros meios de comunicação ocidentais. Foi porta-voz do partido político Fatah e, em 2019, mudou-se para Ramallah, onde exerceu as funções de ministro de Cultura da Autoridade Nacional Palestina até março de 2024.

Além de escritor, Atef exerceu as funções de ministro da Cultura da Autoridade Nacional Palestina. Mora em Ramallah, na Cisjordânia, e estava em Gaza cumprindo uma agenda de trabalho quando grupos da resistência armada palestina realizaram uma série de ataques ao território israelense, prontamente respondidos por Israel com todo seu poderio militar. Encurralado na estreita faixa territorial sob intenso bombardeio junto com seu filho, parentes e outros 2,3 milhões de compatriotas, Atef começou a escrever — e escreveu todos os dias até que conseguiu sair de Gaza, quase três meses depois. Quero estar acordado quando morrer é resultado desse diário do genocídio, publicado simultaneamente por editoras de dez países.


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