Blog
Método simplifica preparo de amostras para medição ligada a presença da diabete
Sem necessidade de material exclusivo, técnica permite medir com diversos equipamentos o consumo de oxigênio das células que produzem insulina, hormônio que regula níveis de açúcar no corpo
A isulina, um dos principais hormônios produzidos pelas células das ilhotas pancreáticas, direciona o açúcar do organismo para ser estocado e usado em situações em que há necessidade de mais energia; distúrbios da função das ilhotas podem levar ao desenvolvimento de diabete - Foto: Marcos Santos/USP Imagens
Pesquisadores da USP desenvolveram um método que expande as possibilidades de avaliar o funcionamento das ilhotas pancreáticas, células que controlam o nível de açúcar no organismo e cujo mau desempenho está ligado à diabete. A técnica simplifica a preparação das amostras de ilhotas, permitindo medir o consumo de oxigênio e ter ideia de sua funcionalidade com o uso de vários equipamentos, sem necessidade de materiais exclusivos, o que poderá aprimorar diagnósticos e testes de medicamentos.
Os resultados do estudo estão em artigo na revista científica Molecular Metabolism em março deste ano. “Ilhotas pancreáticas são aglomerados de células presentes no nosso pâncreas, órgão que participa do sistema digestivo e também da produção de hormônios”, afirma a professora Eloisa Aparecida Vilas-Boas, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP, uma das autoras do trabalho. “As células das ilhotas produzem vários hormônios responsáveis pelo controle dos níveis de glicose (açúcar) no nosso organismo e a regulação da formação e utilização dos nossos estoques de energia”.
“Distúrbios da função das ilhotas pancreáticas podem levar ao desenvolvimento de uma doença chamada diabetes mellitus, em que os níveis de glicose do nosso corpo não são bem controlados”, ressalta Eloísa Aparecida Vilas-Boas. “A pessoa vai apresentar excesso de glicose na corrente sanguínea, mas não consegue usá-la para geração de energia por ausência de insulina ou por resistência à sua ação”.
Energia
Medida
O estudo foi idealizado pela professora Eloisa Aparecida Vilas-Boas, do Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas da FCF, autora correspondente, e por Débora Santos Rocha, pós-doutoranda no Departamento de Bioquímica do Instituto de Química (IQ) da USP, primeira autora do artigo. O estudo foi realizado com o apoio dos professores Alicia Kowaltowski, Alexandre Bruni-Cardoso e o doutorando Antonio Carlos Manucci, do Departamento de Bioquímica do IQ.
Mais informações: e-mail elovilasboas@usp.br, com a professora Eloisa Aparecida Vilas Boas
Mercúrio do garimpo causa danos neurológicos aos Yanomami
Estudo apontou que todos os Yanomami de nove aldeias assediadas pelo garimpo foram contaminados; neuropatia periférica e desempenho cognitivo reduzido são principais problemas
Molécula extraída da peçonha de vespas é promessa para controle da epilepsia
Testes em camundongos liderados por equipe da USP em Ribeirão Preto obtiveram composto capaz de bloquear ação de substâncias nocivas aos neurônios
Hospital Universitário da USP coordenará teste de novos critérios para sepse em crianças
A sepse é uma condição potencialmente fatal que ocorre quando a resposta do organismo a uma infecção lesa seus próprios órgãos e tecidos. O quadro é diferente em crianças e adultos e pode ser difícil de identificar
A reprodução de matérias e fotografias é livre mediante a citação do Jornal da USP e do autor. No caso dos arquivos de áudio, deverão constar dos créditos a Rádio USP e, em sendo explicitados, os autores. Para uso de arquivos de vídeo, esses créditos deverão mencionar a TV USP e, caso estejam explicitados, os autores. Fotos devem ser creditadas como USP Imagens e o nome do fotógrafo.