Paulo Hoff, diretor geral do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), anunciou que o estudo em pessoas realizado pelo Instituto não comprovou a eficiência da fosfoetanolamina contra o câncer.
Dos 72 pacientes tratados com a substância, 59 já foram reavaliados e 58 não tiveram redução de pelo menos 30% no tamanho do tumor – essa taxa de redução é o critério para se considerar que houve resposta ao tratamento.
Um paciente, com melanoma (tipo de câncer de pele), melhorou. Veja trechos da entrevista com Paulo Hoff.
[embedyt] https://www.youtube.com/watch?v=5d3MITVwDnc[/embedyt]A mensagem que fica hoje é que, infelizmente, nas doses que estávamos estudando, o produto não é eficiente o suficiente para ser recomendado.
Critérios
Outro critério para considerar a substância válida é promover essa redução de 30% do tamanho do tumor em pelo menos 20% dos participantes do estudo.
Como o tratamento com fosfoetanolamina não teve os resultados mínimos exigidos, os médicos decidiram não incluir novos pacientes na pesquisa. Vinte pessoas continuam a receber a substância, seguindo o tempo de tratamento definido para esse teste clínico.
Inicialmente, a previsão era que o estudo envolveria 210 pessoas com 10 tipos diferentes de cânceres. Os testes foram acompanhados por uma comissão do professor Gilberto Chierice, químico que sugeriu o uso da fosfoetanolamina no combate a tumores.