Equipe do Setor de Oncologia Ocular do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP) da USP acaba de realizar técnica inédita para análise patológica de tumor ocular na região de Ribeirão Preto. Trata-se da biópsia aspirativa com agulha fina de um tumor de coroide (membrana que envolve o olho).
Segundo o responsável pelo procedimento, o professor Rodrigo Jorge, a biópsia “consiste na aspiração de uma pequena quantidade de células da lesão tumoral para verificar se a amostra é um câncer ou um tumor benigno”. O médico garante que este é um tipo de biópsia importante para confirmar a natureza de tumores localizados dentro do olho, principalmente os localizados na parte de trás.
Agora, comemora o especialista da USP, Ribeirão Preto passa a contar com excelência em procedimentos que antes eram encaminhados para centros da capital paulista para diagnóstico e tratamento.
Lembra Jorge que o feito “só foi possível graças à expertise” de seu colega, o professor Fernando Chahud, do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP. Chahud, avalia Jorge, foi capaz de analisar material obtido pela biópsia e “dar diagnóstico baseado na análise rebuscada das células tumorais”. Para o professor Chahud, o desafio da nova técnica é o pequeno número de células do material coletado.
Infelizmente, apesar de terem obtido sucesso na utilização da tecnologia, a primeira biópsia que realizaram identificou lesão maligna, com características de tumor agressivo, e foi preciso retirar o globo ocular para preservar a vida do paciente.
O professor Jorge adquiriu os novos conhecimentos que aplica agora no HCFMRP em estágio realizado no Wills Eye Institute da Filadélfia, EUA, e também pela colaboração internacional da professora Zélia Correa, da Universidade de Cincinatti, também dos EUA.
Rita Stella, de Ribeirão Preto
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