“A importância da pesquisa é justamente mostrar o impacto que esses cultivos de pinus causam quando introduzidos em áreas campestres de Cerrado. Eles comprometem drasticamente o banco de gemas subterrâneas dessas espécies herbáceas e subarbustivas, que muitas vezes são espécies endêmicas e espécies que estão com risco de desaparecer”, destaca Beatriz. Um dos estudos produzidos pelo Laboratório de Anatomia Vegetal verificou que onde houve o plantio de pinus, o número de gemas foi reduzido 65 vezes em comparação a áreas sem a introdução da espécie exótica.
Para as pesquisadoras, mostrar a capacidade de recuperação e a resiliência dessa vegetação é abrir caminho para novos planos de manejo de terra e de proteção ambiental. “Ao fazer esse tipo de estudo da morfologia e anatomia das plantas, você auxilia no entendimento de como essas plantas estão adaptadas naquelas áreas”, completa a orientadora.
A pesquisa foi financiada pela Fapesp e venceu a 12ª edição do Prêmio Tese Destaque USP, na área de Ciências Agrárias.
Mais informações: e-mail bagloria@usp.br, com Beatriz Appezzato
*Estagiária, sob orientação de Luiza Caires
**Estagiária, sob orientação de Moisés Dorado