Toda quinta-feira tem roda de choro no Café da Tia Bia, no Departamento de Filosofia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP. São alunos que se reúnem para tocar regularmente há mais de um ano, pela paixão pelo choro. Mas neste próximo domingo (13) a roda de choro será realizada no Domingo na Yayá, programa que o Centro de Preservação Cultural da USP oferece gratuitamente na sua sede, a Casa de Dona Yayá.
O ChorUSP, como é conhecido o grupo, surgiu pela iniciativa de Pedro Vizentini, aluno da Escola de Comunicações e Artes (ECA). Primeiramente foi com colegas do próprio Departamento de Música. Com o tempo, outros músicos, até mesmo de fora da ECA, foram se juntando para interpretar o repertório clássico de compositores como Pixinguinha, Jacob do Bandolim, Chiquinha Gonzaga, Ernesto Nazareth, K-Ximbinho, Raul de Barros, Bonfiglio de Oliveira, Altamiro Carrilho e Abel Ferreira.
Participam da apresentação os músicos André Lameira no violão, Pedro Vizentini com escaleta e percussão, Daniel Gerecht na flauta, Éder Augusto no cavaquinho e percussão, Guilherme Ferraz no bandolim, João Botosso no cavaquinho, Lara Gurianova na percussão, Samuel Silva no violão e Mateus Moreira no trombone.
Patrimônio cultural brasileiro
Segundo os especialistas, o choro está na base de todos os gêneros musicais brasileiros, que se desenvolveu no Brasil a partir das harmonias e ritmos europeus e africanos, no século XIX, e permanece cultivado e recriado nas rodas como lugar de encontro de instrumentistas. Pode-se dizer que o choro é mesmo uma prática cultural complexa e diversa, presente em todas as regiões do Brasil e disseminada em outros países.
Em fevereiro deste ano o choro foi reconhecido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como Patrimônio Cultural do Brasil. Esse reconhecimento é importante para aumentar a visibilidade desse gênero musical e para desenvolver políticas públicas de salvaguarda do choro.
Serviço
Domingo na Yayá: Roda de Choro da USP
Onde: Casa de Dona Yayá, sede do Centro de Preservação Cultural (CPC) da USP. Rua Major Diogo, 353 – Bela Vista, São Paulo
Quando: 13 de outubro de 2024 (domingo) das 11h às 12h
Quanto: Gratuito