Curso explora cumplicidade de empresas com ditadura civil-militar brasileira

Por Sandra Lima

O Centro MariAntonia da USP realiza a partir de 2 de agosto o curso gratuito Empresariado e Ditadura no Brasil. Ministrado pelo professor e pesquisador Gabriel Teixeira, é dividido em cinco encontros presenciais, sempre às sextas-feiras, das 15h às 17h30. Com 150 vagas, as inscrições on-line no sistema Apolo da USP são realizadas pelo link https://e.usp.br/qpp até 26 de julho.

O curso pretende apresentar uma visão panorâmica da atuação do empresariado brasileiro junto ao regime ditatorial, explorando as experiências recentes de reparação dos atingidos e responsabilização de agentes privados pela cumplicidade com o regime ditatorial e com a violação de direitos. Segundo Teixeira, os participantes poderão ter contato com “os resultados da experiência recente de investigação de 13 empresas por cumplicidade com a ditadura na prática de violações de direitos humanos contra trabalhadores, no campo e na cidade”.

Os alunos que tiverem pelo menos 75% de frequência receberão certificado de participação.

Programação

2 de agosto
Abordagens teóricas sobre empresariado e ditadura e justiça de transição

9 de agosto
Desdobramentos teóricos, conceituais, historiográficos e políticos das investigações brasileiras

16 de agosto
Os estudos da atuação das empresas contra os trabalhadores do campo

23 de agosto
Os estudos da atuação das empresas contra o operariado urbano e industrial.

30 de agosto
Visita guiada a um lugar de memória da capital paulista

Quem é Gabriel Teixeira

Professor, pesquisador colaborador do programa de pós-graduação em Ciências Sociais da Universidade de Campinas (Unicamp), associado ao Centro de Estudos Rurais (Ceres) e pesquisador em estágio pós-doutoral no programa de pós-graduação em História da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). É membro da coordenação colegiada da Comissão Camponesa da Verdade, onde integrou a pesquisa que investigou a cumplicidade da Josapar com a ditadura. Foi assessor da Comissão da Verdade do Estado de São Paulo Rubens Paiva, onde coordenou os trabalhos do grupo de trabalho sobre a repressão no campo.